Como diminuir os danos ao meio ambiente ao viajar no pós-pandemia
Sustentabilidade é a palavra do século. A própria pandemia causada pelo novo coronavírus mostra que é necessário repensar a relação do homem com o meio ambiente. E quando perguntam o que as pessoas querem fazer quando tudo passar, grande parte das respostas tem um desejo em comum: viajar. Mas como levantar essa bandeira tão discutida no cenário pandêmico e fazer turismo de forma sustentável se desde o combustível do avião a compra de garrafas de água impactam o meio ambiente? Graduada em comércio exterior, a modelo e influenciadora Priscila Matias já conheceu mais de 33 países e compartilha que até mesmo as pequenas ações fazem diferença para o mundo. Até porque, sustentabilidade é mais do que ecologia e respeito à natureza. Desenvolvimento sustentável são ações que englobam viés econômico, justiça social e prudência ecológica. “A mudança de hábito é a primeira coisa a se fazer para embarcar em uma viagem sustentável. São pequenas ações como levar água do hotel e incentivar o comércio local que vão mudar o impacto econômico, social e ambiental que nós, como turistas, teremos no local que visitarmos”. Desde 2015 está em vigor a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que conta com a participação de 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Com o objetivo de trazer prosperidade aliada a proteção do planeta, a agenda prevê 17 metas, dentre elas, três dispõem com relação ao turismo. Por isso, a modelo e influenciadora compartilhou cinco dicas úteis e fáceis para fazer do turismo uma ação de sustentabilidade. Dica 1: Atenção ao que leva e ao que compra Primeiramente, na hora de fazer as malas, é preciso organização. Isso ajuda com que a pessoa compre menos ao viajar, além de diminuir o estresse. “Sei que, em especial para mulheres, essa dica é bem difícil. Mas planejar o que usar e levar peças coringas que possam ser usadas em várias combinações é um hábito que ajuda o meio ambiente”, garante. Itens básicos como garrafa de água reutilizável, escova de dentes de bambu e pasta dental, shampoo, desodorante e condicionador em barra ajudam a diminuir o consumo de plástico, aponta a influenciadora Priscila. Dica 2: Escolha um hotel verde Na hora de escolher a estadia, pode-se tentar o booking em algum eco-friendly. Além disso, é possível verificar com o hotel suas políticas, tais quais o que faz com do resto de comida do restaurante e se é adepto a algum programa de reciclagem. “Mas, independentemente de onde ficar, faça escolhas ambientais amigáveis como sempre apagar as luzes, não desperdiçar água e evitar usar a lavanderia do hotel ou o serviço de quarto”, recomenda Priscila. Dica 3: Meios de transporte menos poluentes O simples ato de optar por um transporte público ao invés de priorizar uma viagem de carro já torna o passeio menos poluente. “Se o destino é próximo, há a possibilidade de alugar uma bike ou simplesmente ir a pé. Além do impacto zero, tem a vantagem de conhecer o lugar em todos seus detalhes”, comenta a influenciadora. Dica 4: Preserve nos pequenos gestos Em pequenos atos como trocar a impressão do bilhete da passagem por um print no celular, evitar pedir comida e toda a embalagem que vem junto e levar sua ecobag para as compras, você faz sua parte. “O simples fato de recolher o lixo que fez ao passar o dia na praia ou não deixar o ar-condicionado do quarto ligado quando não estiver no hotel já é um grande passo, visto que a maioria das pessoas não trabalha esses hábitos”. Dica 5: Respeite a cultura e fomente a economia local Sustentabilidade também diz respeito as pessoas e a forma de desenvolvimento de lugar. Para que o turismo cumpra seu papel de transformação social, todo o mercado envolvido precisa ser valorizado. “Na hora de comprar produtos, apoie a economia local. Quando for comer, opte por aquele restaurante que valoriza a culinária e os ingredientes produzidos pelos produtores do lugar. Dessa forma, apoiamos os pequenos empresários, as pessoas que vivem desse mercado e garantimos que o turismo seja uma ferramenta de desenvolvimento social sustentável”, elucida Priscila.
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