Compreendo as pessoas que desesperam em meio à dificuldades. Elas não conseguem manter a calma, ante os grandes problemas, os dramas, as tragédias, o que se lhes afigura impossível de reverter, o que está fora das suas possibilidades de lutar. É o caso dos que estão desesperando com as limitações e perigos impostos pela pandemia. Sim, há um momento em que certas pessoas, além do estresse, desesperam. Não sou alguém corajoso e nem forte para o enfrentamento dos grandes problemas. Por que iria negar isso? Só Deus sabe como estou me segurando para não desabar. Acho que o que me faz não cair em desalento é o meu entorno e meu apego à vida. Amo a minha família, por ela seria capaz de tudo, repito, tudo, até manter a calma num momento deste. E a vida é um dom de Deus, uma dádiva divina, não podemos abrir mão dela. Devemos vivê-la todinha, raspar o cororo da panela da vida. Sempre lembro um verso que é título de uma música de Candeia: "Pintura sem arte". Sim, não podemos fazer da vida, desesperando, uma pintura sem arte. Viva a vida. Venceremos. Inté.
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