Autorização que aumentou o limite foi publicada quinta-feira (23) no Diário Oficial da União
O governo federal aumentou para 550 unidades o limite de compra de munições por pessoas físicas autorizadas a adquirir ou portar arma de fogo. A Portaria Interministerial n° 1.634/2020, dos ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública, foi publicada quinta-feira (23) no Diário Oficial da União. O documento especifica os limites a serem respeitados de acordo com a categoria profissional e o tipo de arma. Em outra portaria publicada em janeiro, o governo havia determinado um limite de 200 unidades por arma de fogo para pessoas físicas e 600 unidades por arma para integrantes de órgãos de segurança e instituições previstas no Estatuto do Desarmamento, sem especificações. De acordo com a portaria publicada quinta-feira (23), ficam estabelecidos os seguintes limite de compra, por arma de fogo: Pessoas físicas: - até 300 unidades de munição esportiva calibre .22 de fogo circular; - até 200 unidades de munição de caça e esportiva nos calibres 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36 e 9.1mm; - até 50 unidades das demais munições de calibre permitido; Integrantes de órgãos e instituições prevista no Estatuto do Desarmamento e por legislação especial: - até 300 unidades de munição esportiva calibre .22 de fogo circular; - até 200 unidades de munição de caça e esportiva nos calibres 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36 e 9.1mm; e - até 100 unidades das demais munições de calibre permitido. - até 50 unidades de munições de calibre restrito. A flexibilização das regras de posse e porte de armas foram bandeiras da campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Após algumas mudanças nos dispositivos legais ao longo do ano passado, em setembro o governo editou o Decreto nº 10.030/2019 que prevê que um ato conjunto dos ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública estabeleceria as quantidades de munições que podem ser adquiridas. Em nota, o organização não governamental (ONG) Instituto Sou da Paz diz que o aumento pode “facilitar de forma irresponsável e descontrolada a compra de munições por cidadãos”. Para a ONG, a medida foi tomada sem evidências científicas e é contrária às prioridades "da maioria da população que se posiciona contrária à ampliação do acesso a armas”.
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