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Opinião
03/04/2020 - 05h58
A pandemia e a salvação nacional
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A pandemia do coronavírus é mais um flagelo da humanidade. Faz-se presente em 186 países, onde já contaminou 830 mil e matou mais de 41 mil pessoas. No Brasil, temos quase 6 mil contaminados, 202 mortos e muita incerteza de como o mal se comportará nas próximas semanas e meses. É esse grande ponto de interrogação que leva ao toque de recolher vigente há dias e à possibilidade de que os danos e sofrimentos causados pelo recesso possam ser maiores do que os do próprio vírus. Impatriótico é o comportamento das autoridades que, em vez de se unirem em busca da melhor solução, partem para o confronto e, miseravelmente, para a priorização de suas diferenças políticas, ideológicas e até dos interesses eleitoreiros. Divididas, as forças da sociedade detentoras do poder, tendem a ser menos eficientes no cumprimento de seus deveres e o mal a se avolumar, em prejuízo de toda a população.

Presidente, governadores, prefeitos, ministros, secretários e todos os detentores de alguma parcela de poder, seja ele público ou privado, têm de chegar a um acordo de salvação nacional. Vencida a pandemia, que voltem às respectivas posições. Mas, enquanto tivermos a incerteza de que nós próprios ou nossos familiares e amigos poderemos em breve estar mortos pela Covid-19, temos é de buscar prioritariamente salvar a própria vida pois, sem ela, nada mais existirá. Precisamos de alguém com representatividade que seja capaz de construir o grande acordo e levar todos a remarem para um mesmo lado com a certeza de que, divididos, todos perderão.

É preciso dizer ao povo, massa de manobra, que não é hora de fazer concentrações ou manifestações, até porque elas estão proibidas em função da possibilidade de contaminação. E que os panelaços, independente se contra ou a favor do presidente, também são extemporâneos nesse momento em que temos um inimigo comum, silencioso e letal a combater. Guardem suas energias para momentos mais apropriados em que o ambiente esteja mais salubre para se reunirem e manifestar seu descontentamento, satisfação ou qualquer outro sentimento de que estejam possuídos. Agora não é hora!

Panelaço nessa hora é pura rebeldia sem causa, por mais causas e razões que seus praticantes possam invocar. Ele nada produzirá, mas servirá para no todo enfraquecer a República e suas instituições, e tornar mais difícil ainda a solução dos problemas. No momento, o melhor a fazer é torcer e se possível trabalhar para que os governantes se entendam e acertem na estratégia e na medida do combate à tormenta, que tememos estar apenas no começo. Pensem nisso...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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