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Arte e Cultura
23/07/2019 - 07h19
A volta ao mundo de streaming
André Schuck
 

Alemanha, Japão, Turquia, Dinamarca, Itália, Índia, se para cada série estrangeira que víssemos ganhássemos milhas aéreas, ninguém mais pararia em casa.

Alguns anos atrás, não muitos, considerando o momento em que os canais de streaming começaram a avançar, não era nada fácil encontrar filmes, quem dirá séries de países dos quatro cantos do mundo.

Agora, embora a Netflix, de acordo com o site The Information, decidiu diminuir o ritmo de suas produções originais, o que não é uma notícia ruim, visto que continuará com um orçamento na casa dos bilhões de dólares e o plano é priorizar a qualidade ao invés da quantidade, podemos dar a volta ao mundo via Netflix, saindo um pouco da língua inglesa.

E por que isso é muito legal?

Uma coisa é certa, temos que elogiar e aprender com as produções dos Estados Unidos, líderes nos canais de streaming, em sua vasta maioria, de grandes qualidades técnicas e narrativas.

Isso se prova com o sucesso de séries como, Stranger Things, Mindhunter, House of Cards, Ozar e Making a Murderer, consumidas e amadas mundo afora.

Diferente de muitos países, os norte-americanos têm uma longa e rica tradição em séries. Para mencionar apenas quatro, Sopranos, Breaking Bad, Friends, e, por último, a que impactou a TV americana, ao ser transmitida pela Fox em seu primórdio, Married with Children. Considerada a primeira série a mostrar a família americana de forma não tão tradicional. Tudo bem! Me rendo. Se vou falar da Fox e citar uma série dos anos 80, não posso deixar de fora, Os Simpsons, este ano chegando a sua 30 temporada. Sua influência na cultura pop é gigantesca, vencedora de 32 prêmios Emmy e considerada pela revista Time como o Melhor Show do Século 20.

Ops! Me entusiasmei. Sou fã. Voltando ao: E por que isso é muito legal?

Porque podemos, com o esforço de apertar um botão do controle remoto, absorver culturas, ideias, visões, realidades diferentes e suas nuances ao contar histórias. Isso tem um valor inestimável. É uma oportunidade de assistir narrativas mais fragmentadas, cheias de experimentações estéticas. Sem contar a delícia de ouvir diferentes idiomas. A dureza do alemão. O canto francês. O entrecortado japonês. Muitas já conquistaram legiões de fãs ao redor do mundo. Dark (Alemanha), La Casa de Papel (Espanha), The Rain (Dinamarca), A Louva-a-Deus (França), Suburra (Itália), O Último Guardião (Turquia) e Hibana: Spark (Japão).

E as produções brasileiras? O momento é ótimo. Muitas já estão no ar. A primeira original da Netflix, intitulada 3%, conta com 50% de audiência em diferentes países, como Canadá, França e Itália. E ainda, O Mecanismo, Samantha, O Escolhido e Coisa Mais Linda. A empresa, anunciou em abril deste ano que planeja lançar até o final de 2020 trinta séries brasileiras. É a nossa cultura alcançando dezenas de países.

Seria cair no comum dizer que o streaming mudou o jeito de assistir televisão, mas cada família tem seus hábitos ao fazê-lo. Alguns maratonam juntos. Ai de quem assistir um episódio sozinho. Outros, assistem separados, mas discutem fervorosamente sobre os episódios assistidos. E por aí vai. Uma coisa é certa, todos morrem de medo de spoilers.

Aqui em casa, percebi a invasão de culturas diferentes semana passada. Estávamos vendo Dark, eu e minha esposa, do nada ela fala, “Vamos comer Paprika Schnitzel?” Dois dias depois, chega uma mensagem no meu telefone, “Vamos à Liberdade?” Brincando, respondo “O que você está vendo na TV?” A resposta, “Kingdom”. Sim. Sei que é coreana.

Viu! Como é legal!

Neste momento, ao meu lado, na sala, estão minha filha e sua amiga, razão pela qual comecei a escrever este artigo. Estão vestidas propositadamente de anos 80, polainas coloridas e topetes cheios de gel e glitter. Rindo de si mesmas e começando a assistir o primeiro episódio da terceira temporada de Stranger Things. Por isso, aqui paro de escrever, para me render ao que amo. Histórias.


Nota do Editor: André Schuck é editor, diretor de cena e diretor de pós-produção publicitário. Tem em seu currículo também documentários e dois longa-metragens, como editor e produtor associado, produzidos em Los Angeles. É autor do livro técnico - Cinema/Roteiro.

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