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SEÇÃO
Economia e Negócios
16/07/2019 - 07h18
Práticas que levam à inadimplência
Silvio Bianchi
 

No mês de junho de 2019, 64% das famílias brasileiras relatam ter dívidas, quase 24% delas está com dívidas em atraso e 9,5% delas não conseguirá honrar suas dívidas. Estas informações fazem parte da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) apurada mensalmente pala CNC. No estado de São Paulo, 43,1% da sua população (15.307.226 habitantes) são inadimplentes. Administradoras de cartão de crédito, bancos, financeiras, telefonia (dentre outros) são os principais credores.

Sem perder mais tempo, vamos ver algumas práticas que levam a esses resultados:

Comprar primeiro e depois se virar para pagar. Esta estratégia ajuda muito para que os ganhos mensais nunca sejam suficientes. Se desenvolvida em conjunto com alguma das seguintes, o endividamento e a inadimplência estão assegurados.

Os limites do cartão de crédito e do cheque especial são para ser utilizados. Se a instituição financeira onde a pessoa tem sua conta corrente e cartão de crédito outorgou-lhe limites de crédito elevados, ultrapassando várias vezes o total dos seus ganhos líquidos, usá-los garante um rápido crescimento da bola de neve das dívidas.

Não planejar as compras. Priorizar despesas é chato e cansativo. Ceder à tentação, comprar por impulso, não fixar limites para as despesas, é muito mais simples! Porém, requer de uma reserva financeira muito importante na hora de cancelar as contas.

Parcelar todas as compras, até as do supermercado. Parcelar as compras gera uma sensação, muito agradável, de estar gastando pouco. E... gastando pouco, se pode comprar mais! E... se agregamos limites de crédito muito acima dos rendimentos líquidos... a inadimplência está bem perto!

Para pagar uma dívida, fazer uma nova dívida. Fogo se combate com fogo, este parece ser o ditado. Aproveitar todas as vantagens da portabilidade das dívidas ou das linhas de crédito baratas, principalmente aquelas “para negativados” resulta bastante tentador. Será que sempre existe lugar para um novo crédito? E na hora de pagar a parcela, existe espaço no orçamento? A “bola de neve” dos juros já está rolando!

Pagar a parcela mínima do cartão. Muitos acreditam que é uma boa estratégia para ter mais dinheiro disponível e assim fazer outras compras. Agora que a fatura do cartão já vem com várias propostas de parcelamento, será que é só pegar a mais conveniente? E os juros? Já parou para pensar?

Não fazer lista de compras. Ir ao supermercado levando a lista de compras não tem graça nenhuma. As pessoas acreditam saber o que necessitam para comer, beber, higiene etc. Portanto, iniciam o percurso pelo primeiro corredor da loja e olhando para as prateleiras percebem o que precisam comprar. Resultado: o carrinho sai repleto de coisas desnecessárias. Nem pensar no que acontece ao visitar um hipermercado!

O cartão de crédito é que nem a lâmpada de Aladim. Na estória, o gênio lhe outorga a Aladim três desejos. Porém, o cartão de crédito, com um limite elevado, permite realizar mais desejos. No mundo real, negociar com o banco um limite de crédito elevado para realizar sonhos é garantia de pesadelo na hora de pagar a fatura!

Emprestar o CPF para familiares e amigos. Uma pesquisa do Serasa Experian mostra que 9 em cada dez pessoas que solicitam um empréstimo (dinheiro, aval ou crédito no nome da outra pessoa) não pagam. Quase 23% dos que emprestaram seu CPF/nome, não sabiam sequer o valor da compra que seria feita. A grande maioria ficou ciente do tamanho da dívida quando um serviço de cobrança de dívidas os contatou. A maioria não se prepara para a situação de ter que pagar a conta e viram inadimplentes.

Na hora de decidir uma compra, não se questionar sobre sua necessidade. Se fazer a pergunta: “realmente, quero ou preciso comprar isto?”, gera desconforto, e muitos não gostam disso. Preferem não parar para pensar e depois procurar algum financiamento legal para poder pagar.

Estas práticas são as mais comuns e as mais repetidas por uma parcela importante da população. As consequências para a maioria: “nome sujo” na praça, problemas de saúde, pouca produtividade no trabalho, problemas no relacionamento familiar e a posse de bens (casa e/ou carro, principalmente) comprometida ou perdida.

Que sirva de alerta para evitar ou descontinuar esses hábitos que não ajudam a viver sem estresse e com qualidade de vida. Lembre-se de que para viver com equilíbrio financeiro o mais importante não é quanto se ganha, mas como se gastam esses rendimentos.


Nota do Editor: Silvio Bianchi, pós-graduado em Educação e Coaching Financeiro, Master Coach, Coach Financeiro, Treinador e Palestrante. Cofundador de Bem Financeiro - Desenvolvimento em Finanças (www.bemfinanceiro.com.br).

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