Uma manhã que sobe aos poucos serena chuvosa e úmida e bondosa o homem despertou cedo e glosa todos seus poemas antigos roucos Veio o outono e as lágrimas lentas descem das montanhas ao círculo em que o insistente no cubículo ama-as como águas mornas bentas Boas para inspirar bons e retos versos tenta alguém não ser o homem egoísta junta seus olhares e invoca os arquétipos sente a garoa segue avante e percebe que ao meio-dia já sentirá saudades daquela manhã chuvosa que breve será a neve. Nota do Editor: Amadeu Roberto Garrido de Paula é advogado especialista em Direito Constitucional, Civil, Tributário e Coletivo do Trabalho e fundador da Garrido de Paula Advocacia. É autor do livro Universo Invisível e membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas.
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