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Educação
24/03/2019 - 07h42
Escola: espaço legítimo a todos
Leandro Silva
 

É na escola que o estudante começa a ampliar seus horizontes quanto à sua identidade. Dessa maneira, restringir a sua atuação frente às questões do dia a dia, devido a qualquer deformidade física, é desacreditar, piamente, na capacidade de socialização desses estudantes. A escola tem o poder de amplificar a cultura, de expandir o conceito de cidadania e de construir novos saberes para que o estudante possa ter o sentimento de pertencimento. Ainda que sejamos seres únicos e singulares, fazemos parte de um grupo social que integra o todo - a escola.

Dentre várias funções dessa instituição transformadora, que tem por objetivo construir um mundo mais sensato, a escola tem uma árdua missão em mostrar para qualquer estudante, tendo ele uma deficiência ou não, que ele é pertencente a um determinado grupo formado por indivíduos completamente diferentes. Isto é, concerne a esta instituição, portanto, incutir na mente de toda comunidade escolar que a nossa vida deve ser feita de relações puramente respeitosas.

É bem verdade que o sistema que rege a educação brasileira, em comparação com os países de primeiro mundo, é totalmente tardio no que tange à educação inclusiva. Em algumas escolas, o estudante deficiente é excluído desse processo educativo devido à falta de profissionais qualificados e, principalmente, por uma questão de infraestrutura do local. Ter uma escola inclusiva é mover uma reformulação em todos os âmbitos, tanto no Projeto Político Pedagógico (PPP) quanto no Regimento Escolar.

A fim de possibilitar o acesso a todos, a escola é formada por múltiplos profissionais que têm funções interdependes - sejam elas de diretor pedagógico, coordenador, professor, orientador e supervisor, todos têm de se empenhar com o intuito de promover uma socialização entre todos que estão envolvidos nesse processo. Para Durkheim (1977), as funções especializam-se cada vez mais para manter a sociedade (nesse caso, a escola) em equilíbrio pela especialização de tarefas.

É neste momento que aparece a figura de um colaborador de suma importância numa Instituição escolar - o supervisor. Libâneo (2002, p. 35) narra a imagem do supervisor escolar como um “agente de mudanças, facilitador, mediador e interlocutor”. Dessa maneira, esse profissional é a pessoa mais coerente para realizar uma interlocução entre a direção escolar, educandos, educadores e todos que, direta e indiretamente, fazem parte da comunidade escolar. Compete, então, ao supervisor escolar uma ação mais incisiva quanto à readequação da prática educativa de uma instituição com o objetivo de atender a todos os estudantes, quer sejam deficientes ou não. Fundamentado nos escritos de Vygotsky (1989), “um estudante portador de defeito não é simplesmente menor desenvolvido que os demais, apenas se desenvolveu de forma diferente.”

Para atingir resultados satisfatórios quanto à aprendizagem dos seus alunados, independe do local em que a escola esteja fixada, são necessárias algumas ações, tais como: um planejamento que assegura a inclusão escolar; avaliação corresponde ao seu planejamento; e aperfeiçoamento de toda equipe pedagógica.

Em síntese, a Educação inclusiva ainda é uma problemática a ser discutida e, sobretudo, respeitada neste país que pouco valoriza a educação. Ela também é uma das partes mais importante na formação de um professor. Muitas são as perguntas, dúvidas e inseguranças de como transformar uma escola num espaço que possa acolher todos os estudantes. Mas, para a efetivação da inclusão no ambiente escolar, será necessário, por parte Direção, assim como do supervisor, um trabalho de integração da equipe técnica.


Nota do Editor: Leandro Silva, 35 anos, é, modéstia à parte, niteroiense, casado com Aline Junior, autor do livro “Pais e Filhos”, Professor pela Universidade Gama Filho/RJ; Cursando a 2ª Licenciatura em Pedagogia pelo Centro Universitário Braz Cubas/SP; Técnico em Secretaria Escolar; Coordenador Pedagógico.

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