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20/03/2019 - 06h56
O mito dos hormônios nos frangos
Ellen Lopes
 

É comum escutar hoje em dia que frangos criados em granjas são tratados com hormônios. Esta noção, já disseminada pelos quatro cantos do Brasil, é mito, ou fake news, como se tornou comum dizer por aí. Muitos assumem que frangos necessitam de hormônios para apresentar uma boa performance produtiva, mas isso não é verdade. A desinformação, inclusive, chega a ser uma afronta às centenas (e quiçá milhares) de cientistas e pesquisadores que trabalharam anos a fio para criar frangos maiores e mais saudáveis.

Foi necessária muita pesquisa na área de genética, nutrição e no manejo da produção de aves para que os frangos atualmente tivessem maior peso e crescessem de forma mais rápida que no passado, para assim fornecer proteína de alta qualidade a um preço mais acessível para todos.

A moderna pecuária prevê alimentação balanceada, cuidados constantes com a saúde dos animais, além da preocupação com o bem-estar animal. Fatores estes que, em conjunto, propiciam um crescimento mais acelerado e muito mais eficiente do frango.

Então, onde entra o hormônio? Simples: ele não entra em lugar nenhum. As embalagens com o selo “hormone free” existem apenas por razões de marketing, e não para alertar o consumidor sobre qualquer coisa que possa ser útil. É absoluto: não se cria frangos ou galinhas tratando-os com hormônios.

Há, inclusive, um problema de logística para aplicar hormônios em galinhas ao redor do Brasil: para ser eficaz, o hormônio teria que ser injetado. Imagine só, em uma granja com mais de 10.000 aves, a demanda de funcionários para aplicar a injeção em cada frango!

No Brasil, como em outros países, há até legislação: a Instrução Normativa 17 de 2004, que proíbe a utilização de qualquer hormônio em aves. Há diversos estudos, também, que mostram que não há vantagem nenhuma na prática, seja ela técnica ou econômica.

Então, vamos dar um ponto final nessa história. O frango, a carne mais consumida no Brasil, está 100% livre de hormônios. Coma sua asinha de frango no churrasco, o peito de frango no almoço ou a canja de galinha à noite sem medo!!!


Nota do Editor: A Dra. Ellen Lopes atua há 40 anos em todos os elos da cadeia de alimentos, desde a indústria, foodservice, varejo, até estocagem e distribuição. É mestre e Ph.D. em Ciência dos Alimentos pela USP, Especialista em Cultura de Segurança de Alimentos e fundadora da Food Design Consultoria.

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