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SEÇÃO
Economia e Negócios
03/02/2019 - 07h16
Pegue seu colete salva-vidas! Vem tsunami por aí
Rodolfo Vasconcellos
 

Segundo dados divulgados pelo Wall Street Jornal, e replicados nos últimos dias no Brasil pela Folha de SP, Estadão, Exame e outros jornais e revistas, são várias as evidências de uma desaceleração da economia mundial, com reflexos para todas as economias nacionais.

Os sinais de que a possibilidade de uma redução da velocidade do crescimento econômico estaria acontecendo são: - o crescimento da China está em sua menor taxa desde os anos 1990; o crescimento na Zona do Euro também foi mais fraco do que o esperado (em parte por conta das incertezas sobre o acordo do Brexit com o Reino Unido); os EUA talvez tenham crescimento menor do que o esperado (em parte por conta da disputa comercial com a China, mas também porque começam a diminuir os efeitos positivos do corte de impostos do fim de 2017), e novos dados sugerem que o comércio mundial está esfriando (o FMI inclusive diminui sua previsão de crescimento da economia global para este ano).

Num momento em que a globalização alcança seu pico de intensidade, a redução do ritmo de crescimento econômico acarreta no receio em investir, refletindo a potencial redução da massa de renda e consumo. Menos consumo, menos dinheiro em circulação, o mercado ficará mais acirrado.

Empresas maiores, ainda que sejam fortemente impactadas por redução de investimentos, de consumo e da lucratividade, conseguem se sobressair de crises por vários fatores. Entre outras saídas, empresas maiores têm opções para cortar linhas de produtos ou de produção, têm acesso a mais recursos pra capital de giro e investimentos com juros mais baratos, ou seja, elas têm mais ‘bala na agulha para sobreviver’.

Contudo, essa não é a realidade de microempreendedores individuais, de micro e de pequenas empresas. Pela experiência com este segmento, e segundo análise dos dados compilados do SEBRAE, da ENDEAVOR e do IBGE, percebemos que vários são os motivos para o fracasso de negócios, dentre os quais podemos citar: falta de direção e planejamento, controle de custos precário, má qualidade de produtos e serviços, capital de giro insuficiente, registros financeiros inadequados, falha na antecipação de tendências de mercado, falta de capacidade e experiência para gerenciar o negócio, indecisão, relações humanas de baixa qualidade e setores de vendas e de atendimento ao cliente sem colaboradores devidamente qualificados.

Atuando desta forma, com tantas lacunas, empresas menores tornam-se ainda mais vulneráveis em momentos de crise, onde há redução do consumo e de recursos para capital de giro e investimentos. Afinal, quem vai emprestar dinheiro para empresas pequenas, descapitalizadas e com dificuldades para gerir capital de giro correndo sério risco de ficar no prejuízo?

Mais do que nunca, são nestes momentos de crise iminente, que pequenos empreendedores precisam se fortalecer e buscar ajuda. Sejam eles microempreendedores individuais, ou micro e pequenas empresas, que neste momento precisam, por questão de sobrevivência num mercado cada vez mais globalizado e competitivo, - aplicar mudanças efetivas em sua gestão e em sua forma de lidar com o cliente e com o negócio.

Dentre as mudanças mais indicadas, podemos citar: ter um objetivo essencial, capacidade de realmente satisfazer os desejos e necessidades de seus clientes, adicionar valor verdadeiramente para seus clientes através de seus produtos ou serviços, ter consciência de que o principal foco do negócio é o cliente, preocupação constante com a qualidade e a melhoria contínua. Dar atenção especial para a área de vendas (o coração do negócio), ficar atento às tendências de consumo e de mercado, gerenciamento efetivo dos números e fluxo de caixa, e não menos importante, ter um plano de crescimento consistente.

Ter um negócio perene no mercado é realmente um desafio. Sempre foi assim e sempre será, está na essência de sua constituição. Mas na vida, no trabalho e nos negócios, sempre seremos recompensados em proporção direta ao valor da contribuição para os outros, quando eles veem isso.

Onde você quer que sua empresa esteja quando a onda chegar? Busque ajuda, fortaleça seu negócio, pegue seu bote, boia ou colete salva-vidas, e prepare-se para o tsunami. Só os mais preparados irão se sobressair.


Nota do Editor: Rodolfo Vasconcellos - Coach de Nnegócios, partner da Sociedade Brasileira de Coaching, especialista em elevação de performance de pessoas e times e maximização de resultados de negócios, Analista Comportamental Advanced Insights Profile e Empreendedor. E-mail: rodolfo.vasconcellos@sbcempresas.com.br

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