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Opinião
12/12/2018 - 06h49
Para não contaminar o governo
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O governo do presidente Jair Bolsonaro está montado. Sem o leilão de cargos e a divisão do poder entre partidos e caciques políticos, que tanto prejudicaram o país nas últimas décadas. A expectativa é que outras mudanças necessárias ocorram e a máquina governamental, enfim, seja aliviada do empreguismo ideológico e partidário, tornando-se mais leve, técnica e eficiente. Essa austeridade tem um preço. Além da tentativa de assassinato sofrida durante a campanha, o presidente já foi investigado e bisbilhotado de todas as formas e, até agora, nada significativo foi encontrado em seu desfavor. A questão da movimentação financeira atípica do ex-assessor do seu filho, deputado Flavio Bolsonaro, na AL do Rio de Janeiro, já foi por ele explicada e, na sua ótica, quem deve explicações é o titular dos depósitos e saques bancários. Jair e Flávio garantem regularidade no que lhes toca e afirmam esperar serenamente a apuração. Adversários, no entanto, procuram problematizar.

Como prova de lealdade ao presidente, todos os que por ele foram escolhidos para postos no governo e tenham problemas, deveriam, para o bem do País, se antecipar a possíveis acusações e explorações, afastando-se para não correr o risco de contaminarem o novo governo. Seguir o exemplo de Henrique Hargreaves, ministro chefe da Casa Civil do governo Itamar Franco que, em 1993, sob suspeita de ter participado de um desvio de verbas no Senado, onde era alto funcionário, pediu exoneração para preservar a própria imagem e as do presidente e do governo. Três meses depois, verificado que nada havia contra ele e as acusações eram levianas, voltou ao ministério e ali permaneceu com amplos poderes até o último dia do governo.

Quando é convidado para um ministério ou outra alta função de governo, o indivíduo tem de ser consciente de que sua figura pública é maior do que a privada. Tem o dever de assumir publicamente seus problemas, por eles responder e por todos os meios evitar que turvem a imagem do grupo. Bolsonaro precisa dessa lealdade para poder carregar o pesado fardo de mudar os conceitos, parâmetros e procedimentos da administração pública brasileira. Sua função e a dos que chamou para compor a equipe transcendem os interesses pessoais e por isso devem ser respeitadas e preservadas. É desse procedimento tipicamente republicano que dependem o sucesso do governo que se instalará em 1º de janeiro, o esperado desenvolvimento do país e o bem-estar do povo...

Em tempo: os parlamentares eleitos pelo partido de Bolsonaro, precisam parar com as briguinhas infantis, onde parece que um vai tomar o pirulito das mãos do outro. Membros da situação, eles também são responsáveis pela gigantesca tarefa de reconstruir nacional...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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