Desde de seus primórdios, o cinema sempre atraiu a curiosidade e atenção das pessoas. Independente do gênero cinematográfico, sair para assistir um filme nas telonas já virou rotina na vida de muitos e, a tendência é que esse hábito permaneça presente durante muitos anos. Hoje o cinema evoluiu, e sempre há aqueles cinéfilos que procuram seções com a melhor qualidade de imagens possíveis, acompanhadas de um som surround impecável, o que de certa maneira cria uma imersão muito maior no espectador, afinal o objetivo do cinema sempre foi proporcionar uma viagem ao amante da sétima arte, fazendo com que ele mergulhe de cabeça no universo do filme. Porém nem sempre foi assim. Nos primórdios das produções, não haviam métodos eficientes de sincronização entre som e imagem, o que faziam muitas vezes que os filmes ao serem exibidos apresentassem erros bizarros de compasso entre o que estava sendo visto e o que estava sendo ouvido. Isso acontecia pois ainda não havia tecnologia capaz de registrar sons em um disco separado ou na própria película cinematográfica. A solução para esse problema foi utilizar pianistas em salas de concerto que eram encarregamos de criar, por meio do improviso, o clímax entre o filme e o som. Algumas salas mais sofisticadas contavam com orquestras completas, que tocavam, muitas vezes, as partituras originais para o filme. Tal deficiência no entanto, não tira jamais o brilho de grandes atores da época, muito pelo contrário, elevam ainda mais o imenso talento deles, como Louise Brooks, Lilian Gish, Buster Keaton, Oliver Hardy e o maior de todos Charlie Chaplin. Para quem não viveu essa época, o filme O Artista (2011) retrata com maestria essa período. O longa, dirigido por Michael Hazanavicius, retrata a Hollywood entre os anos 1927 e 1932, e foca na história de um ator em declínio e uma atriz em ascensão, enquanto o cinema mudo sai de moda, dando lugar ao cinema falado. A partir daí, o som do cinema passou por um grande processo de evolução, assim como a qualidade de imagem e as técnicas utilizadas para gravações. Atualmente, a experiência de uma imersão completa no cinema é cada vez maior, e não há como não arrepiar até o último fio de cabelo ao ouvir a Marcha Imperial de Star Wars, o tema utilizado nos momentos de tensão em Indiana Jones, ou se apaixonar pela canção de Celine Dion nos momentos de amor entre Jack e Rose em Titanic. Nota do Editor: O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em New Port Beach como melhor curta infantil, no Comic Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.
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