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SEÇÃO
Crônicas
18/10/2018 - 07h25
Ninguém merece
Maria Cândida Vieira
 

Ninguém merece passar pela horrível experiência de ser assaltado. Quem já foi roubado não deseja tal coisa nem para seu pior inimigo, porque poucas situações são tão humilhantes e amedrontadoras. Depois que vivemos isso, esperamos não viver novamente mas, do jeito que a violência e a insegurança andam crescendo, sabemos muito bem que poderá haver uma outra vez e talvez não tenhamos a mesma sorte, já que ninguém razoavelmente informado sobre nossa triste realidade ignora o que bandidos são capazes de fazer.

A gente acaba ficando sem liberdade de andar nas ruas, obriga-se a prestar atenção a todo suspeito em potencial e andar olhando para trás quando volta para casa a fim de ver se não há ninguém por perto, pois muitos ladrões se aproveitam de quem está entrando ou saindo de casa. E o pior é que sabemos que todo o cuidado do mundo não garante proteção total. Qualquer um pode ser assaltado a qualquer momento. Na hora em que um bandido nos aborda, a sensação é a pior possível. Como descrever o medo e a humilhação que sentimos quando um ou mais desses covardes vêm exigindo o que é nosso como se tivéssemos obrigação de dar, fazendo-nos as piores ameaças ou nos agredindo? A prudência manda não reagir, mas isso não garante nossas vidas e integridade física na hora pois, se eles quiserem, podem nos agredir ou matar, e irão fazê-lo com certeza quase absoluta de que não serão punidos, pois a falta de segurança nas ruas e de punições exemplares dão a eles uma sensação de onipotência para cometer crimes cruéis. Para piorar, caso não tenhamos o que querem, eles poderão se enfurecer e nos matar.

Depois do assalto, o medo dá lugar à raiva e à revolta. Sentimos raiva de nossa impotência e porque estamos à mercê de marginais que querem ter as coisas sem sacrifício e que fazem o que fazem porque se sentem à vontade para fazê-lo devido às nossas leis inadequadas. Sabemos que denunciar provavelmente não dará resultados e, se forem presos, logo estarão soltos novamente. Outro fator revoltante é que podemos afirmar quase sem medo de errar que, se não tivéssemos sobrevivido a essa horrível experiência, viraríamos estatística, um mero número a mais no índice de crimes violentos que viraram rotina no Brasil.

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