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COLUNISTA
Marcelo Sguassábia
19/09/2018 - 06h35
Melhor e eterno amigo
 
 

O primeiro cachorro a gente nunca esquece, ainda que o quadrúpede já tenha virado adubo há muito tempo. Tudo bem que existe uma natural transferência da estimação que se tinha ao bichinho para o outro que invariavelmente chega a fim de ocupar seu lugar. Mas o primeiro tende a ser mais especial que os demais, não há como negar isso.

O que pouca gente se dá conta é possibilidade de mantê-lo indefinidamente, mesmo que não seja a rigor o mesmo bicho.

A primeira alternativa é o processo natural, ou seja, a cruza do cãozinho que se deseja perpétuo com alguma fêmea da mesma raça ou muito parecida com o macho. As chances de reprodução e de geração de inúmeras ninhadas dependerá somente das oportunidades de acasalamento. Tendo em vista que cada ninhada produz em geral de quatro a sete filhotinhos, numericamente os descendentes se acumularão em progressão geométrica. Talvez ninguém nunca tenha pensado nisso, mas é perfeitamente possível que dezenas de gerações de uma família tenham como cães de guarda ou companhia dezenas de gerações que descendam do mesmo cachorro. O que daria margem a uma frondosa árvore genealógica canina, tão ramificada quanto a humana.

O congelamento do sêmen também é possibilidade a ser considerada. Um filhote (ou toda uma ninhada) do pet poderá ser gerado no mês que vem ou no século 26, sem maiores problemas. O número de filhotes resultantes da técnica é ilimitada, já que os espermatozoides são armazenados aos milhões. E não têm prazo de validade, se conservados em condições ideais.

A alternativa mais cara e tecnicamente mais complexa é a clonagem. A atriz e cantora Barbra Streisand, por exemplo, fez logo dois clones da sua cadela Samantha, morta no ano passado. Claro que 100 mil dólares, que é o custo do procedimento, não é para humanos vira-latas. Nele, células-tronco do pet são armazenadas quando do seu nascimento ou a qualquer momento de sua vida. Constatada a morte iminente, ou opcionalmente muito antes dela, o clone é gerado e o original conviverá com sua cópia até o desenlace - facilitando a transição para os donos e, porque não dizer, para si mesmo, ao constatar que está indo embora e ficando a um só tempo. O difícil é determinar na pele de quem estará sua consciência, se na matriz ou no dublê... Aí está uma pergunta definitivamente sem resposta.


Nota do Editor: Marcelo Pirajá Sguassábia é redator publicitário em Campinas (SP), beatlemaníaco empedernido e adora livros e filmes que tratem sobre viagens no tempo. É colaborador do jornal O Municipio, de São João da Boa Vista, e tem coluna em diversas revistas eletrônicas.
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