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Opinião
17/09/2018 - 07h28
A campanha como caso de polícia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A campanha eleitoral, que será curta e só agora ganha impulso, leva a mancha de sangue causada pelo atentado ao candidato Jair Bolsonaro. Mas, além desse crime maior, verificam-se outros de menor monta e conseqüências, igualmente perigosos. O candidato petista ao governo do Paraná e seu grupo de apoiadores foram alvos de uma bomba de fabricação caseira, em Curitiba, e outros incidentes menores pipocam pelo país. Todo fruto do clima de intolerância e de desobediência civil cultivado durante os últimos anos e da pouca efetividade da ação do Estado contra os desordeiros - notadamente os blackblocs - que têm tumultuado e tornado violentos eventos que deveriam servir apenas de manifestação da opinião pública. É preciso agir com todo rigor para desencorajar os atos criminosos que conspurcam o espaço cívico das eleições. A Nação quer, por exemplo, saber logo os detalhes e motivação do agressor de Bolsonaro e, principalmente, se ele agiu a soldo de alguém e se contou com a ajuda de comparsas ou colaboradores. E que todos tenham a devida punição.

Independente de quem seja e de seu partido ou ideologia, o candidato tem direito à segurança e aqueles que contra ele atentam têm de sofrer todas as agravantes da lei penal, visto que não estão ofendendo apenas a pessoa física, mas a figura institucional de alguém credenciado pela Justiça Eleitoral para concorrer ao posto eletivo. Precisamos, pela presença efetiva da autoridade estatal, ter claro que quem cometer crimes no âmbito das campanhas, será irremediavelmente punido. Assim deveria ser em termos gerais, mas se ocorrer no âmbito eleitoral, já será um bom começo.

Os candidatos devem se abster de incitar o ódio ou de exacerbar a vitimização. Quando assim procedem, fazem aflorar os maus instintos de idiotas e interesseiros cultivados ao longo de anos de doutrinação de líderes temerários que, para obter votos, pregam o moralismo, mas a prática atesta que, quando no poder, agem igual ou pior do que os adversários que um dia combateram. Precisamos de uma campanha propositiva. Onde se discuta o futuro e as saídas para a sociedade e se ignore a perna torta, o olho defeituoso ou a feiúra do adversário. O eleitor deve ser atraído pela perspectiva de futuro que o candidato consiga lhe apresentar. O resto é pura perda de tempo e, muitas vezes, incentivo ao crime...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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