Tive o privilégio de participar de um dos espetáculos mais emocionantes que já presenciei. Emocionante pela história, mas, principalmente, porque ver as nossas alunas no palco é algo que me toca profundamente e inspira. Quem as vê no palco não pode imaginar as histórias de vida que esses corpos dançantes carregam. Histórias de superação, coragem e ensinamentos. Os corpos dançando podem até ter algumas limitações, mas quem não tem? Aliás, como inclusive foi citado neste musical, talvez a maior barreira seja o julgamento. No entanto, a questão não é ter limitação, o grande problema é como se lida e vive com ela, enfrenta os medos, encontra motivação na vida e, assim, esses corpos idosos dançantes roubam a cena. Quem é capaz de imaginar que por trás daqueles sorrisos e movimentos existem mulheres enfrentando o Parkinson, vencendo um tumor cerebral, driblando traumas de infância, lutando contra a timidez que por tantas vezes paralisa. Essas mulheres que eu aprendo a admirar cada dia mais levam essas vitórias da dança para a vida diária, mostram para todos a importância de se superar e, acima de tudo, ensinam que não podemos desistir jamais porque a vida é um verdadeiro espetáculo. Um espetáculo sagrado que devemos honrar e agradecer diariamente. Finalizo com uma frase de Charles Chaplin: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Até a próxima! Namastê! Nota do Editor: Alessandra Cerri é sócia-diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba (Clap).
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