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Opinião
21/07/2018 - 08h14
Quando ser bilíngue?
Luciano Galdino Brito Dias
 

Por muitas décadas, a disciplina de inglês foi vista como menos importante e com pouca carga horária na grade curricular. Isso se propagou por muitos anos. Alguns alunos buscavam escolas de idiomas ou estudavam em casa e seguiam adiante com uma bagagem maior em outra língua. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), é estimado que cerca de 85% dos docentes que dão aulas de inglês para alunos de escolas públicas não dominam o idioma. Mas diante de um novo movimento, cada dia mais acelerado na educação, isso precisa mudar, pois as exigências serão cada dia mais fortes para o domínio da língua, até, mesmo, dentro de casa.

Há um momento ideal para começar a estudar inglês?

As crianças têm mais facilidade em aprender outras línguas, diferentes da nativa, porque a plasticidade de seus cérebros permite que os dois hemisférios sejam usados no momento da aula. Já nos adultos é diferente - esse processo ativa somente um hemisfério. Por isso é importante inserir outras línguas na infância ou na adolescência, sempre que possível.

Os benefícios do bilinguismo vão além do mundo dos negócios, ou simplesmente do ambiente das escolas. No Brasil, o mercado de escolas de idiomas movimenta 7 bilhões de reais; a maioria dos pais preferem investir desde cedo, já pensando no futuro profissional dos filhos. Diante desse cenário, o bilinguismo deixou de ser tendência e passou a ser uma necessidade em diversos cenários da vida, como no trabalho e até mesmo na vida social, quando as novas tecnologias e o modelo de escolas em redes trouxeram para o Brasil a necessidade da língua inglesa.

Com o passar dos anos e a necessidade constante de crianças se comunicarem em inglês, a escola bilíngue nasceu, com o objetivo de proporcionar mais tempo de interação na língua. Mas, ainda assim, aprender inglês não significa ter aulas de inglês, mas sim, proporcionar ao aluno a convivência com a língua nos diversos ambientes e momentos do dia a dia. Isso significa aprender em inglês, e não, aprender inglês. Já são 30 mil escolas particulares no país, que se esforçam cada dia mais para oferecer um ensino de qualidade.

Apesar do investimento dos pais, apenas 1 a cada 10 jovens entre 18 e 24 anos tem proficiência no inglês. Para a próxima geração, caso nada seja feito para melhorar esse número, espera-se que apenas 12% dos jovens dessa idade sejam fluentes na língua. Para aumentar esse número, precisamos unir cinco personagens no processo de ensino e aprendizagem: aluno, professor, pais, gestor pedagógico e mantenedor. Essas pessoas devem conversar a mesma língua, e juntos, contribuir para o aprendizado do aluno. Tudo isso por meio de projetos digitais, materiais impressos, aulas práticas, ou seja, tudo aquilo que chame a atenção da criança que está aprendendo. O professor passa a ser um intermediário nesse momento da educação.

De acordo com um estudo realizado na Universidade De Edimburgo, na Escócia, falar uma segunda língua aumenta a inteligência, a fluência verbal e de leitura, mesmo quando o idioma é aprendido na idade adulta. As áreas do cérebro mais afetadas pelo aprendizado de uma nova língua é a da inteligência e leitura. Sendo assim, mesmo diante de um mundo globalizado, com inúmeras possibilidades, nunca é tarde para aprender, mesmo que não seja na infância. Mesmo na fase adulta, aprender inglês pode ser um grande benefício para o processo de envelhecimento, além de ser uma conquista para cada pessoa, cada objetivo.


Nota do Editor: Luciano Galdino Brito Dias é diretor de Soluções Educacionais da Conexia - Grupo SEB.

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