O saudoso senador Vitorino Freire, que era de Arcoverde (ou era da Pedra?), que fez carreira política no Maranhão, sempre dizia que quando alguém encontrar um jabuti em cima de uma árvore não se espante, foi a mão humana que botou ele ali. Ele dizia isso se referindo às armações políticas. Mas se pode usar essa sabedoria popular em tudo na vida. É uma verdade abissal: jabuti não sobe em árvore sozinho. Sempre lembro disso quando me deparo com coisas estranhas, principalmente vindas de entidades que querem aumentar seus lucros.

Vejam bem, dia desses recebi uma correspondência registrada (e com AR) do meu plano de saúde solicitando o envio, depois de devidamente preenchido, de diversos questionários contendo dados meus, dos meus dependentes, cópia da identidades, das relações de parentesco, endereços, CPFs e o escambau de informações. Segundo a correspondência se tratava de um recadastramento. Pois bem, antes de preencher os dados fui ler o que estava escrito no final dos questionários, com muito esforço, usei até uma lupa, porque as letrinhas eram menores do que às de bula de remédio. Havia alguns jabutis em cima da árvore, cláusulas onde eu declarava estar de acordo com um acordão firmado entre o plano de saúde e um banco, além de referendar algumas mudanças. Resumindo: o que queria era tornar quem já é participante antigo num participante novo e permitir que se altere procedimentos que vão ser prejudicial a mim. Mais: que quem mandasse logo os jabutis, digo os questionários com as cópias de documentos, estaria concorrendo a diversos prêmios. Não enviei e nem preenchi. Soube agora que o que era urgente foi prorrogado 120 dias; motivo: entidades entraram na justiça. Vou esperar o desenrolar das ações, mas com medo da justiça, esta anda confusa e sem norte.

Cuidado com jabuti em cima de árvore. Inté.