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Opinião
18/05/2018 - 05h09
A farda é sagrada, diz o governador...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

“A farda é sagrada, é a extensão da bandeira do estado, e quem ofende a farda e a integridade do policial, está correndo risco de vida”. A afirmação do governador Márcio França (PSB-SP) coincide com o que dizem os governantes das cidades e nações mais desenvolvidas do mundo em relação às suas polícias e, principalmente, quando seus integrantes são levados a agir em situações extremas. O policial atua como braço armado do estado e segundo leis e regulamentos estabelecidos e, mesmo quando o resultado não é o mais desejado – o que não foi o caso da cabo Katia Sastre, em Suzano, elogiada pelo governador – o profissional tem de ser reconhecido e respeitado. Até porque, a própria instituição possui mecanismos para mitigar possíveis excessos.

A cabo Katia, ao conter o assaltante na porta da escola, o impediu de roubar, ferir ou até tirar a vida de mães e filhos que ali se encontravam. O fez empregando a melhor técnica para esse tipo de emergência e, por sua ação, recebeu o elogio do governador, algo incomum durante todos esses anos em que os inimigos da polícia cresceram e passaram a confrontar a instituição diante da esquiva dos governantes que, mesmo concordando com as ações de seus subordinados, evitaram se confrontar com as críticas. Márcio França se expôs e cumpriu o dever de um verdadeiro “comandante em chefe”, pouco se importando se o ato o vai favorecer ou prejudicar eleitoralmente. Cabe destacar que a policial, ao agir, além do senso de dever intrínseco, foi movida pela vontade cívica de servir, pregada e incentivada à tropa pelo Secretário da Segurança Pública e comando geral da PMSP.

A instituição governamental a que o policial presta seus serviços não pode abandoná-lo à própria sorte e nem puni-lo ao sabor das opiniões e dos interesses, na maioria das vezes inconfessáveis, dos defensores dos criminosos. A tropa recebe treinamento para defender a sociedade em relação aos crimes, dispõe de técnicas e meios para executar a sua tarefa, e tem de contar com segurança jurídica para cumprir a missão. Infelizmente, tornou-se “indústria” a crítica a toda ação da polícia. Os indivíduos e instituições que lucram econômica, política ou socialmente com a defesa dos marginais agem para fazê-lo parecerem vítimas e demonizar a figura do policial, que nem sempre é defendido por aqueles em nome de quem trabalham. O interesse subalterno, a demogogia política e a omissão têm infelicitado a classe. Tanto que, nesse momento, uma atitude legitima do governador, que deveria ser ato rotineiro, merece destaque.

Os policiais encarregados de oferecer segurança à população são conscientes de seus deveres e têm treinamento para cumpri-los. São credores do mesmo tratamento e respeito que os governantes dos lugares mais desenvolvidos do mundo dispensam a seus agentes de segurança. É muito bom saber e ver que o governador também pensa (e age) dessa forma. Quanto à cabo Kátia, particularmente, nos perfilamos àqueles que defendem sua promoção por ato de bravura...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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