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Opinião
17/05/2018 - 05h25
Como escolher o caminho para o futuro
Percival Maiante
 

O Brasil inicia um dos anos mais importantes da sua história. Em meio de tantas turbulências sociais e políticas, nosso povo quer novamente poder encontrar o caminho do futuro, aquele que garantirá a existência das próximas gerações. Eu me lembro de quando parti do interior de São Paulo rumo à Capital em 1970, em busca do futuro e do sonho de ser professor. Nunca desvalorizei o trabalho que executava na lavoura, pois ele gerava o meu sustento e o da minha família, era a minha base. Mas achava que poderia ir além, aprender coisas novas e crescer como ser humano. Nesta fase, tive que tomar decisões importantes, ser persistente e respeitar as novas pessoas que surgiriam na minha vida. Por diversas vezes tive que lidar com frustrações, como quando perdi minha primeira oportunidade de emprego formal porque transferi meu alistamento militar para São Paulo e fui selecionado para o Tiro de Guerra. Mas persisti, pulei a pedra e conquistei a vaga tempos depois.

Naquela época, o país passava pela era do “milagre brasileiro”. Ao mesmo tempo em que a economia crescia a inflação também aumentava, e havia certo receio sobre o futuro de todo aquele movimento. Mas, assim como nos dias atuais, a vida tinha que andar para frente. O investimento em aquisição de conhecimento foi a melhor decisão tomada por mim. Em pouco tempo realizei o sonho de ser professor e orientador educacional. Ali, tive certeza que estava no caminho certo.

O processo educativo, com constância de propósito, garante ao indivíduo a sua base para o futuro. Por um lado, vemos que a pauta do ensino no país está há tempos em destaque nas manchetes dos jornais. Por outro, não podemos ignorar fatos e cobrar os nossos representantes. Segundo relatório divulgado no ano passado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade que reúne dados de educação de 35 países desenvolvidos e outra lista de 10 países, em que está o Brasil, nosso país investe 4,9% do PIB em educação. A média dos países mais desenvolvidos no estudo é de 5,2% do PIB. No entanto, o investimento brasileiro por aluno ainda é bastante baixo. Mas se houver esforço e insistência po r parte do indivíduo e da sociedade é possível chegar lá.

Nos dias atuais, quando vejo jovens desafiando o futuro com as novas tecnologias, se arriscando em aquisição de conhecimento e em profissões que acabaram de surgir, lembro da minha professora na fazenda, em plenos anos 60, que também me desafiava a imaginar esse futuro que é hoje, e que me convenceu a ir além. É com essa garra que eu espero que a geração atual pense no seu amanhã, sem desistir em momentos difíceis, mas, principalmente, sem perder os seus próprios valores.


Nota do Editor: Percival Maiante é pedagogo, advogado e atualmente exerce a função de presidente da Fundação Toyota do Brasil, braço social da montadora japonesa.

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