Quando considerada um ambiente frio e estressante, a escola desestimula o prazer de ensinar e aprender, a convivência e o sonhar. Automaticamente, os planos e os projetos são substituídos pela obrigação, pelo fardo e pelo tédio de cumprir as tarefas pertinentes aos professores. O desânimo por conta da rotina e a falta de entusiasmo podem interferir até mesmo no desempenho de educadores considerados excelentes profissionais. No momento em que a inércia toma conta, o “piloto automático da educação” é acionado. Além de prejudicar quem está ensinando, também interfere no processo de aprendizado dos alunos, os quais criam estereótipos e padrões que nem sempre se aplicam à realidade. Frente às evidências, podemos optar por duas alternativas: aceitar que a educação e a escola são instituições em decadência, que não há nada a fazer; ou resgatar o grande potencial existente em cada um de nós, atuar de forma consciente, competente e motivada, repensar as relações e torná-las mais solidárias e cooperativas – tudo em busca de criar ambientes mais saudáveis e propícios à aprendizagem e ao desenvolvimento das potencialidades humanas, mesmo diante das dificuldades e dos desafios que vão surgindo no percurso. O desenvolvimento das competências pessoais e produtivas é uma condição necessária para que o professor possa se conhecer melhor e, consequentemente, compreender o seu aluno. Assim, despertará o que há de melhor nele. Para isso, entender as competências abaixo se torna imprescindível: Pessoal: é a habilidade de aprender a ser, a se aceitar, a se valorizar e a ampliar os conhecimentos acerca de si mesmo, a fim de superar medos e limitações, favorecer o resgate da autoestima e do autoconhecimento para o alcance da autonomia; Autônoma: é a capacidade de pensar e decidir por si. É conhecer o ponto de partida e definir qual é chegada, comprometer-se com suas escolhas e assumir a responsabilidade pelos resultados; Relacional: saber conviver é a habilidade de aprender a viver junto dos outros, com atitudes solidárias, cooperativas e construtivas; Cognitiva: é o exercício de aprender a aprender, como forma de beneficiar-se dos conhecimentos, de compreender o mundo que nos rodeia, de desenvolver capacidades críticas, reflexivas e de discernimento; Produtiva: é a arte do aprender a fazer, de pôr em prática os conhecimentos para saber fazer bem e eticamente um trabalho. Essas são as bases para a expansão das possibilidades de perceber, reconhecer e construir uma nova abordagem de educação solidária, fundamentadas no desenvolvimento humano para compreender e aplicar cada competência de forma integrada e sinérgica. Quando falamos em ambientes saudáveis, em alunos e professores motivados e felizes, em despertar o que há de melhor no outro e na escola que desejamos, discutimos coisas que consideramos importantes e valiosas para a vida – e, portanto, necessárias para a educação, a escola e a relação professor-aluno. Seja a pessoa que fará toda a diferença na vida de alguém! Nota do Editor: Eduardo Shinyashiki (www.edushin.com.br) é presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki, mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos e livros, para que elas obtenham atuações brilhantes em suas vidas.
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