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Opinião
17/01/2018 - 07h18
`Fake news´, obra de mentes deformadas
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

As “fake news” – ou notícias falsas, em português – constituem a nova preocupação do Tribunal Superior Eleitoral, que pretende adotar medidas contra seus autores e/ou multiplicadores. Depois de denunciada como prejudicial nas campanhas dos presidentes Donald Trump (Estados Unidos) e Emmanuel Macron (França), a boataria também ganhou importância no convulsionado meio político brasileiro. Tanto que a Justiça Eleitoral e os órgãos de defesa estudam a possibilidade de contê-la e correm até o risco de reviver a abominável censura de cujo fim tanto se vangloriam os democratas tupiniquins. Os envolvidos nessa tarefa precisam atentar para a necessidade de conter as mentiras, mas sem impor amarras aos meios de comunicação. Agir como na popular postura de não matar o veado mas também não deixar a onça morrer de fome.

A popularização da internet ensejou o acesso de todos os indivíduos aos canais de comunicação de massa, representado pelas redes sociais – Facebook, Twitter, WhatsApp e outras – e muitos, ao verem seus escritos e imagens multiplicados na rede, sentiram-se “jornalistas”, passando a cometer abusos. Pior que isso, em meio aos embates políticos e sociais, surgiram os profissionais que alugaram suas penas e montaram os “blogs sujos”, de que tanto se tem falado no Brasil de ultimamente. Estão aí as fontes geradoras das “fake news”.

É importante considerar, no entanto, que mesmo causando o desconforto e por vezes a repulsa de suas vítimas, esses indivíduos não chegam a ser confundidos com a imprensa regularmente estabelecida e, principalmente, de reputação fundada no trabalho já prestado à comunidade. Por mais sensacionalista ou maldosa que seja, uma “fake new” não tem a credibilidade de uma notícia publicada num jornal, revista, emissora de radio ou TV ou mesmo em site assinado por profissionais reconhecidos e respeitados. Ao deparar com um informe veiculado por uma dessas fontes duvidosas, o leitor a verifica, mas nele só vai acreditar depois de conferir com o que disse a respeito o veículo de comunicação tradicional, feito pelos profissionais que a comunidade conhece e respeita.

Assim sendo, as “fake news”, devem ser reconhecidas como uma deformação social e até intelectual de seus autores e tratadas como tal. Não podem ser confundidas com as notícias e reportagens – mesmo as de cunho mais ácido – divulgadas na mídia tradicional que, para realizá-las, coloca em jogo toda a sua credibilidade e a dos seus profissionais. Não podemos tomar travessuras cometidas na rede como jornalismo. E, para mitigar os danos de qualquer informação veiculada, tanto na rede quanto na mídia, há um vasto ordenamento jurídico capaz de alcançar aqueles que agem indevidamente e lhes impor penas e reparações... 

Notícia é coisa séria. “Fake news” é marginalidade política, social e até profissional. Seus autores e veiculadores merecem, no mínimo, o desprezo geral...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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