Sabedoria é entender o mundo como é e viver bem com ele. Quanto mais soubermos fazer isso, mais sábios seremos e mais felizes também. Listei, então, alguns conselhos que tendem a aumentar a nossa sabedoria. Espero que eles sejam um norte para sua felicidade nesse novo ano! - Não espere de você uma vida com a felicidade de “mídias sociais virtuais”. Elas são mais falsas que propagandas de margarina, porque se propõem a serem realistas e não são. - Não existe “A” felicidade, mas sim momentos felizes, e pequenos no geral. Tente torná-los o mais frequentes quanto for possível, aprendendo a se focar quando ocorrerem, sendo comendo um bom sanduíche, tomando um bom café ou conversando com um bom amigo. - Não julgue as suas ações passadas com base no que você sabe, mas sim no que você sabia. Caso contrário, você estará se martirizando por não ter sabido ontem o número da Mega-Sena de hoje. - As pessoas que menos se desenvolvem em termos de maturidade emocional tendem a ser aquelas que menos se responsabilizam pelo fim de um relacionamento, demissão, perda de um amigo ou falta de dinheiro. A maioria dos problemas que criamos na vida vem de atos nossos, percebidos ou não, assim como os nossos sucessos. Há que se analisar uns e outros para observarmos como as nossas ações nos afetam, de maneira direta ou indireta. - Preocupar-se com “status” é se preocupar com o que os seus verdadeiros amigos não acham importante, porque estes só se interessam em saber como você está. Em que medida vale se ocupar da opinião de quem não é seu amigo? Ok, se for um “chefe”, vale. - Entenda que amizade, principalmente em grandes cidades, precisa de esforço para ser mantida. Trânsito, filas, distâncias e desdobramentos dificultam os encontros, pois diminuem o tempo de lazer, encontros sem combinar horário e energia para ver os amigos. Não por acaso, cidades com muita gente fazem as pessoas serem mais solitárias. - É importante aprendermos a fazer por nós o que os nossos melhores amigos fariam, assim, nunca sofreremos por estarmos sós. - Pensando apenas do nosso ponto de vista, estaremos sempre certos. Mas, tão importante quanto, é aprendermos a nos colocar no lugar dos outros, tendo tido a vida deles, e então descobriremos que nunca temos “A” verdade sobre a vida, mas sim a nossa maneira individual de olhar e valorizar a nós, aos outros e a vida. - A vida não fica ruim, no geral, repentinamente, mas sim gradualmente; geralmente, sem percebermos e nas pequenas coisas. Então, faça um balanço mensal da sua vida acerca de aspectos negativos e positivos naquilo que faz parte do dia a dia, seja na profissão, estudo, relações com colegas, relacionamentos afetivos, autoestima e perda de tempo para prazeres por excesso de deveres. É fácil nos distrairmos do que realmente é importante na vida: o viver de todos os dias. - Aceite: você sempre será bombardeado muito mais com más notícias do que com boas notícias. Portanto, cuidado com o que você assiste ou ouve no dia a dia, pois é comum gerar um desespero infértil. Portanto, “Faça o que de ti depende, de resto, seja apenas firme e tranquilo!” (Sêneca, 4 a.C. – 65 d.C.). E aprenda a diferenciar o que depende de ti e o que não depende. Nota do Editor: Bayard Galvão (www.institutobayardgalvao.com.br) é psicólogo clínico formado pela PUC-SP, hipnoterapeuta e palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos.
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