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Opinião
15/12/2017 - 07h25
Coliving no Brasil - tendência ou onda passageira?
Rodrigo Luna
 

O conceito de moradia compartilhada ainda divide opiniões aqui no Brasil. Muitos enxergam como um estilo de vida que possibilita a redução de custos e, por seu modelo de compartilhamento, até como uma forma de consumo sustentável. Outros entendem como uma opção fora de cogitação por ser muito moderna.

Foi em Portugal, no século 14, que o termo república ficou conhecido, devido as casas que abrigavam estudantes da Universidade de Coimbra, cedidas pelo governo a um aluguel mais barato. Passados os séculos, foi só na década de 1970, na Dinamarca, que a ideia se consolidou, surgindo o termo coliving como uma modalidade de comunidade urbana. Desde então o formato foi se adaptando, tomando novas formas e inúmeros adeptos. Mais que uma opção de moradia, o coliving é um estilo de vida que estimula a integração, sustentabilidade e a colaboração, e é um formato já consolidado principalmente na Europa e Estados Unidos.

Para que o modelo de moradia dê certo, é primordial que as pessoas compartilhem os mesmos valores e estejam dispostas a se relacionarem de forma harmoniosa, tanto na divisão de tarefas domésticas quanto ao uso das áreas em comum. Considerado o maior projeto de coliving do mundo, o londrino The Colletive Old Oak, reúne mais de 500 quartos e é um projeto que foi desenvolvido pela empresa PLP Architecture. O local possui diversos espaços compartilhados por seus moradores, como cozinhas comunitárias, salas de jantar, biblioteca, restaurante, spa, lojas de conveniência entre outras, que são diariamente limpas por uma equipe contratada, tudo já incluso no preço. Ele também faz parte de uma rede internacional, a Global Coliving Community, que, além de possuir espaços semelhantes em Miami, Bali, Tokyo e em breve em São Francisco, disponibiliza a opção de reserva de quartos - por no mínimo 7 dias para que a experiência seja considerável - em toda a sua rede.

O conceito chegou ao Brasil há anos e tem adeptos, em sua maioria, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Além das famosas repúblicas de universitários espalhadas pelo interior, este modelo é considerado por muitos mais uma ação para se aumentar a ocupação nas áreas centrais, que possuem altos custos de manutenção, aluguel, impostos e demais gastos. Seus moradores afirmam que além de melhora no relacionamento interpessoal, é possível morar em grandes residências e apartamentos bem localizados sem sobrecarregar o orçamento mensal.

O setor imobiliário em sua maioria ainda faz produtos tradicionais, mas diante desse movimento, algumas incorporadoras brasileiras têm investido, ainda que de forma tímida, em empreendimentos que atendam essa demanda, começando por espaços e serviços compartilhados, como lavanderia, academia etc. Atualmente, não há um modelo de negócio ideal que sustente e amplie de forma significativa esse estilo de vida, e também é importante levar em consideração a questão cultural, pois a maioria dos brasileiros ainda deseja conquistar a tão sonhada casa própria.


Nota do Editor: Rodrigo Luna, Presidente da FIABCI-BRASIL.

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