A falta de um feedback assertivo, que desafie e inspire a mudança, é uma das reclamações mais comuns entre colaboradores. Lideranças despreparadas, meramente hierárquicas e que costumam deixar escapar grandes talentos por sua inabilidade de aumentar a autoestima e o péssimo hábito de drenar a energia da equipe com suas críticas. Pare e pense: você está abaixo de mau tempo, muitos prazos para cumprir e uma pilha de tarefas para executar. O tempo parece correr mais depressa e de repente seus colegas começam a lhe interromper, pedindo coisas estapafúrdias. Você está realmente estressado, mas algo aí dentro está lhe desafiando a cumprir com tudo que precisa. De repente seu chefe lhe chama. Você espera que ele saiba que você está atribulado, ou que pelo menos pergunte como está o trabalho. Ao invés disso, ele lhe cobra outras coisas menos importantes e ainda lhe pede algo simples, que ele próprio poderia ter feito. E aponta algumas falhas na entrega de seu último relatório. Você sai da sua sala arrasado. A motivação que estava aí dentro de repente cai por terra e você só pensa em ir embora logo e que tudo mais vá às favas. Simplesmente vontade de dar o seu melhor foi por água abaixo. Quando seu superior somente lhe critica, sem levar em conta seus esforços e focar nas suas competências, dificilmente você terá disposição para mudar. A crítica puramente focada em falhas é o maior bloqueador da motivação. Ela dispara reações cerebrais que o reprimem, colocando você na postura reativa e reduzindo drasticamente as possibilidades de efetivamente melhorar o seu desempenho. Isso porque o feedback negativo ativa circuitos cerebrais ligados à ansiedade e ao medo de não ser bom o bastante, o que obviamente o coloca na defensiva e acaba com a sua vontade de focar no que precisa ser feito. Liderar pressupõe elevar a autoestima de quem se lidera, para que os bons resultados sejam revelados. O líder efetivo sabe influenciar na medida exata, trazendo à tona o que precisa ser mudado sem jamais deixar de elevar o moral de quem lidera. Ele faz perguntas reflexivas que estimulam a vontade de fazer com mais acerto e compreender suas necessidades de melhoria, fazendo-o perceber como isso irá impactar em seus objetivos, sejam eles pessoais ou dentro da organização. Sabe criar ambientes acolhedores, onde haja a tolerância a erros e diálogo aberto e franco para resolução de problemas, sem fazer ninguém sentir-se obrigado a falar somente o que ele queira ouvir. Obviamente que o que não está indo bem precisa ser aperfeiçoado, mas é essencial ter foco no que é positivo para ter a motivação necessária e elevar a performance. A falta de um feedback assertivo, que desafie e inspire a mudança, é uma das reclamações mais comuns entre colaboradores. Lideranças despreparadas, meramente hierárquicas e que costumam deixar escapar grandes talentos por sua inabilidade de aumentar a autoestima e o péssimo hábito de drenar a energia da equipe com suas críticas. Se você quer ser realmente um bom líder, lembre-se de seu papel de desenvolvedor de pessoas e aprenda a guiá-las para que desenvolvam suas próprias habilidades técnicas e também de liderança, valorizando cada um de seus talentos. Eu lhe garanto que o retorno será grande. Nota do Editor: Semadar Marques (www.semadarmarques.com.br) é especialista em Empatia, Liderança Colaborativa, Propósito de Vida e Inteligência Emocional. Através de suas palestras, conferências e workshops sobre esses temas, Semadar busca inspirar as pessoas a irem atrás do que lhes faz plenamente felizes.
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