Segundo o IBGE, o casamento dura, em média, apenas 15 anos
Segundo a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2016, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada na última terça-feira (14), em 2016, foram concedidos 344.526 divórcios em 1ª instancia ou por escrituras extrajudiciais, número que representa aumento de 4,7% em relação a 2015 (328.960). “Houve uma gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira que passou a aceitar o divórcio com maior naturalidade, de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos, principalmente desde 2010 quando uma Emenda Constitucional facilitou todo esse procedimento”, afirma a especialista em direito de família e presidente da ADFAS (Associação de Direito de Família e das Sucessões), Regina Beatriz Tavares da Silva. Ainda de acordo com o levantamento, no Brasil, os casamentos duram, em média, 15 anos, considerando a data do casamento até a dissolução. E o homem se divorcia mais velho que a mulher, 43 anos contra 40 anos, respectivamente. A pesquisa aponta que a maioria dos divórcios foi em famílias compostas apenas com filhos menores de idade (47,5%), enquanto em famílias sem filhos esse número é de 27,2%. O estudo também sinaliza que a guarda dos filhos menores continua sendo, predominantemente, da mãe - 74,4% em 2016, sendo que em 2015 era de 78,8%. Contudo, houve aumento na quantidade de guarda compartilhada de 12,9%, em 2015, para 16,9% no último ano. Destaca Regina Beatriz que “A guarda compartilhada é uma boa opção, porque as crianças e os adolescentes continuam a ter mãe e pai ‘integrais’, com as mesmas responsabilidades de antes do divórcio, até mesmo no que diz respeito à escolha das escolas e tratamentos de saúde, incluindo todos cuidados de que necessitam em sua formação. Na guarda compartilhada o ex-marido e a ex-mulher exercem os mesmos poderes e têm os mesmos deveres para com o filho, o que é muito benéfico para o seu crescimento”.
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