18/04/2024  21h47
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
17/11/2017 - 07h13
A troca de ministérios pela reforma da previdência
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Nem bem termina uma crise, já começa outra. Depois de meses tendo como prioridade salvar o mandato do presidente – ameaçado pelas denúncias de Rodrigo Janot – o governo agora mergulha no clima da reforma ministerial. Nestas condições, tudo se torna provisório, já que ninguém sabe se fica ou sai da equipe. E o pior é que o presidente Michel Temer acena com a distribuição dos ministérios conforme os votos que cada partido oferecer na votação da reforma da Previdência. Usa suas últimas forças em forma de escambo, pouco se importando com o que pensa a sociedade, hoje refratária a qualquer tipo de reforma no processo de pensões e aposentadorias dos trabalhadores.

Pior do que a discussão em torno da Previdência, é a possibilidade de o governo continuar parado até que se decida sobre o projeto e ocorra a, então, a troca de ministros. Estamos em novembro e dificilmente se reunirá quorum suficiente para discutir e votar a nova lei previdenciária até o final do ano. Janeiro é mês de recesso, o que indica que a matéria só poderá entrar em pauta em fevereiro ou março, mês em que os ministros interessados em concorrer às eleições terão de deixar seus postos normalmente. Viver até lá no impasse, é demais para um governo resultante de um impeachment, que tem apenas 13 meses para trabalhar e já perdeu pelo menos um ano na batalha política.

A nação precisa de paz e entendimento e de um governo que enfrente os desafios do dia a dia com a sensibilidade suficiente para saber o que consegue e o que é impossível conseguir. Que vai ter de trocar de ministro, é certo, pois a maioria deles tem mandato no Legislativo ou pretende conquistá-lo para o próximo quatriênio. O melhor a fazer nesse momento é aceitar as cartas de demissão de quem as apresentar e trocá-los por quem tenha a disposição de permanecer no posto até 31 de dezembro de 2018. Fazê-lo através da barganha explícita, é demais. Não ajuda em nada na manutenção ou melhora da imagem do governo e da própria classe dos políticos.

Não há dúvida de que o país precisa de uma reforma na Previdência. Mas ela não deve sair da vontade unilateral dos técnicos e nem da oferta de ministérios e cargos importantes do governo em troca de votos parlamentares. Os que participarem dessa negociata, com certeza, merecerão o repúdio do povo e, principalmente, da classe trabalhadora, que poderá ser manifestado já nas urnas de 2018. Atentem para isso, senhoras e senhores...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.