As possibilidades comerciais entre o Brasil e Cuba são ilimitadas e dependem apenas de vontade política e da decisão dos empresários dos dois países de se envolverem nas negociações. A afirmação foi feita por Juan Carlos Veja, diretor para o Brasil da Labiofam. A empresa cubana do setor de biotecnologia está participando de rodadas de negócios bilaterais na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), dentro do Encontro Empresarial Cuba-Brasil. Veja disse que Cuba tem grande interesse em estreitar a parceria com o Brasil, pelo que o país representa em termos de integração sul americana. As ações conjuntas dos dois países poderão aliar a tecnologia e os recursos humanos acumulados por Cuba, com a infra-estrutura brasileira. O executivo cubano revelou que as áreas de interesse não se restringem à biotecnologia, medicamentos e vacinas, estendendo-se por outros campos, como petróleo e energia. Prova disso é o acordo para prospecção de petróleo que deverá ser firmado em julho próximo entre a Petrobras e a Indústria Básica, de Cuba. O governo e o empresariado cubano têm também muito interesse em assimilar a tecnologia do Brasil para uso do álcool como combustível. Veja disse que o Brasil tem uma economia muito forte que poderá beneficiar a economia cubana, que está crescendo apesar das pressões dos Estados Unidos. Juan Carlos Vega acredita que a corrente de comércio entre os 2 países, que alcançou cerca de U$ 91 milhões no ano passado, poderá dobrar e até triplicar a partir deste ano. A Labiofam foi constituída em Cuba em 1962, alterando a razão social em 1991, quando resolveu adotar uma atitude mais agressiva no mercado externo. A empresa chegou ao Brasil em 1996 para desenvolvimento de produtos para combate aos mosquitos transmissores da malária, na Amazônia, e da dengue, no Rio de Janeiro. Participam do seminário cerca de 30 empresas e instituições cubanas, de setores como: Biotecnologia; Produtos Farmacêuticos; Equipamentos médicos; Produtos agrícolas; Siderurgia; Serviços de Engenharia; Tecnologia da Informação, Autopeças; Tabaco; Artesanato; Meio ambiente; Logística Internacional; Equipamentos e Materiais de Construção; Construções pré-fabricadas e uso da Energia Solar; Bebidas (rum e licores); e Tabaco.
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