Consultora de turismo dá dicas para que sua viagem de férias não vire um mico
Aqueles que querem aproveitar as férias de julho para viajar devem se apressar para que seus dias de lazer não acabem em transtorno. Detalhes como tamanho e peso da bagagem, informações sobre opções de lazer, clima, idioma e costumes do destino a ser visitado devem fazer parte do planejamento. "É preciso ficar atento com a escolha do destino e do pacote e o tipo de vôo. Se a viagem for internacional, a conversão do real para o dólar, ou a moeda local, também deve fazer parte da lista de preocupações", lembra a consultora Roberta Andrade, da Traveland Viagens e Turismo, que dá as dicas. Escolha do destino Disponibilidade de tempo e de dinheiro, seja qual for o destino, é um bom início de planejamento. Se o tempo para viajar for curto, prefira os roteiros mais próximos. Assim, o período que poderia ser gasto em estrada ou em traslado pode ser usado na visita. A mesma estratégia vale para a quantidade de dinheiro disponível. O clima também deve ser analisado antes de definir o pacote de viagem. Saber previamente a temperatura a ser encontrada pode evitar surpresas desagradáveis. Se o plano for utilizar uma agência, deve-se estar atento aos serviços oferecidos e se informar muito bem sobre cada um deles. Documentação Se a viagem for feita em território nacional, a carteira de identidade original (com emissão recente e em bom estado) já basta para embarcar nos aeroportos do país. Se a viagem for para os países do Mercosul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai), o RG também é válido. Para outros países, porém, mesmo àqueles que não exigem visto de entrada, é preciso que se providencie o passaporte, em qualquer posto da Polícia Federal no país. Para viagens que exigem visto é preciso procurar a representação (Embaixada/Consulado) do país no Brasil com alguma antecedência, pois pode levar alguns dias até consegui-lo (veja endereços clicando aqui). Nas viagens com conexão em países que exijam visto, é preciso, ainda, tirar o visto de trânsito, em procedimento parecido com o do visto regular. Dinheiro Planeje os custos de toda viagem antes mesmo de começá-la. Estime os preços para cima para que haja alguma sobra. Se for para outro país, é importante trocar a moeda em operadoras oficiais de câmbio para não comprar moeda falsa. É bom que lembrar a taxa de câmbio nos aeroportos costuma ser elevada. Informe-se sobre valores que podem ou que devem ser levados. Cartões de crédito internacionais e cheques de viagem, comprados nos principais bancos brasileiros, podem ser boa opção financeira, para se evitar andar com grandes quantidades de dinheiro. Para comprar os "traveler’s check", pesquise a cotação, observe o preenchimento e confira os valores de emissão. Extravio de bagagem Em vôos com conexão, o risco de extravio das malas é grande. Para reduzi-lo, alguns cuidados podem ser tomados, como "personalizar" as malas. Amarre fitas, prenda chaveiros ou outros detalhes para diferenciar sua mala das demais. Cole etiquetas de identificação com seu nome, país de origem, destino e contatos, tanto do lado de fora quanto do lado de dentro de cada mala. Tenha sempre guardado o tíquete de despacho da bagagem, pois é o único comprovante que lhe assegura reembolso em caso de problemas com ela. Se na hora do desembarque sua mala não aparecer na esteira rolante, vá ao balcão da companhia aérea responsável e registre a queixa. No prazo máximo de 48 horas, a empresa deverá entregar a bagagem extraviada no endereço indicado pelo proprietário. Problemas com vôo A recomendação é chegar no aeroporto com uma hora de antecedência nas viagens nacionais e duas horas nas internacionais. Providencie o check-in no balcão da companhia aérea assim que chegar ao aeroporto. Desta forma, além de garantir vaga no avião, poderá despachar as malas e ter menos uma preocupação. Se perder o vôo, dirija-se ao balcão da companhia aérea e remarque seu bilhete - algumas empresas cobram multa. Atenção especial aos vôos charters, não regulares, que não dão direito a essa remarcação. Caso o atraso seja da companhia aérea, a legislação garante um "seguro" ao passageiro. Se ultrapassar quatro horas, o Código Brasileiro de Aeronáutica e os tratados aéreos internacionais determinam que a empresa arque com os custos de alimentação e, se necessário, hospedagem do passageiro. Os mesmos benefícios são garantidos por conta do overbooking, que acontece quando o número de passageiros excede à capacidade da aeronave. Neste caso, a companhia aérea deve acomodar o viajante no vôo seguinte, além de arcar com as eventuais despesas do cliente. Prevenindo doenças Para evitar problemas com doenças durante a viagem, a consultora recomenda que o turista adquira um cartão de assistência e se informe sobre as enfermidades mais comuns no destino, a necessidade de tomar vacinas e quais remédios e acessórios deve levar. Alguns países, inclusive, exigem do turista o certificado internacional de vacinação. Para quem toma remédios controlados, o ideal é levar quantidade suficiente para todo o período da viagem. Se isso não for possível, o turista deve solicitar para seu médico uma receita com o nome do princípio ativo do medicamento, não o nome comercial. O viajante também deve carregar consigo os remédios que costuma utilizar (analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios), porque no exterior é difícil conseguir comprá-los sem receita médica. Cuidados na alfândega Antes de embarcar para fora do país, o passageiro deve declarar à Receita Federal os produtos eletrônicos fabricados no exterior, como filmadoras e notebooks. A declaração deve ser feita no próprio aeroporto, no posto Receita Federal. Se a quantia levada na viagem exceder os R$ 10 mil, é preciso fazer uma Declaração de Porte de Valores e apresentar o comprovante de aquisição. Na volta ao Brasil, deve-se apresentar uma Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA). A cota máxima para isenção de impostos é de US$ 500 por passageiro em viagens aéreas ou marítimas. Nas terrestres, fluviais ou lacustres, o valor máximo é de US$ 150 em produtos. Se o valor exceder à cota, o viajante fica sujeito ao pagamento do imposto de importação, que é de 50% sobre o valor excedente da fatura ou nota fiscal da compra. Fonte: Traveland Viagens e Turismo.
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