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Comportamento
05/10/2017 - 06h53
Tempo, brincadeira e tecnologia
Fernando Flessati
 

Sempre foi importante crianças terem seu próprio tempo para brincar. Diversão com o deleite do rabisco, das cores no papel, das bolas de meia, bonecas de pano e jogos de pique-latinha.

Sem saudosismo, mestre. Digo que é preciso tempo. O tempo está a cada dia mais “veloz”. Caro. Esvaindo-se pelos nossos dedos.

Ipads e smarts não podem ser os únicos meios que a criança tem para ter contato com a realidade. Tablets não são chupetas e celulares não são babás. Games não devem ser o único norte, uma gamificação da vida de super marios substituindo pais e o slow play brincar sem pressa. Tempo, pai, família professores, curadores, como você queira chamar, passam a ter um papel de curadores e guardiães do tempo da criançada.

Sob pena do tempo, esse espaço fundamental para a cognição, para o construir, pensar, divertir, criar e sonhar, sumir da vida de toda uma geração de crianças e adolescentes.

A tecnologia sempre existiu, está mais presente nesses tempos em que a mídia passa da palavra escrita para a imagem, democratizada, para as palmas das mãos. O professor está virando curador, aplicativos e hastags ganham escala e derrubam corporações e mitos. A evolução tecnológica não para, muito menos dá pra tapar o sol com a peneira.

Tablets não são chupetas

O tempo de brincar, cheio de cores, de brincadeiras e jogos presenciais, com mais giz, cera, manchas, rabiscos nas paredes e jogos de madeira.

Sei que o papel, caneta, pincel, aquarela, estilingue e boneca também são tecnológicos. Soldadinhos de chumbo, livrinhos, gibis e seus desenhos, cores, nuvens e historinhas, também.

Será que ficaram pra trás? Tecnologia retrô? Existe e não podem ser nichos, resistências, precisam ser revalorizados e retomarem um espaço importante. Precisam de resistência, defensores e serem valorizados.

A pressa precoce virtual tecnológica tem preço, fatura alta que pode ser cobrada, na melhor das hipóteses, em anos de sessões terapêuticas. Com ausência de felicidade.

Mecanismos tem que ser repensados para valorizar o tempo de brincar, essa janela que pode dar uma nova dinâmica a sociedade.


Nota do Editor: Fernando Flessati é profissional de comunicação e marketing, professor, pesquisa a influência da tecnologia na sociedade.

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