Coach familiar fala sobre esse assunto que é sempre polêmico e vem se tornando cada vez mais comum
Atualmente, o bullying é reconhecido como um problema crônico nas escolas, e com consequências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam sequer alguma atitude. O bullying vem aumentando nas últimas décadas, conforme o Ministério da Saúde e IBGE, o índice da prática aumentou de 5% para 7%. A prática é maior entre meninos do que entre as meninas. Mas, isso também começa a mudar. De acordo com a coach familiar Valéria Ribeiro, “crianças e jovens que praticam o bullying (`valentões´) estão em busca de popularidade, de sentir-se mais poderosos (para encobrir a própria insegurança), de obter uma boa imagem de si mesmo, afinal, não possuem controle emocional ou mesmo disciplina/supervisão. Também praticam o ato por conviverem em um ambiente marcado pela punição física, pelo autoritarismo dos pais ou pelo uso familiar de comportamentos agressivos ou explosivos) estão em busca de popularidade, de sentir-se mais poderosos (para encobrir a própria insegurança), de obter uma boa imagem de si mesmo, afinal, não possuem controle emocional ou mesmo disciplina/supervisão. Também praticam o ato por conviverem em um ambiente marcado pela punição física, pelo autoritarismo dos pais ou pelo uso familiar de comportamentos agressivos ou explosivos”, explica. A criança agressora, geralmente, se torna o espelho do ambiente em que vive. “Já as crianças que sofrem o bullying, são crianças com dificuldade de interação social, consideradas diferentes ou com baixa autoestima. Os motivos que levam a prática são aparência do corpo, aparência do rosto, desempenho acima da média, raça/cor, orientação sexual, religião ou região de origem”, exalta a especialista. Valéria conta que crianças e adolescentes que sofrem bullying têm 3 (três) vezes mais possibilidade de pensar em suicídio, além de sofrerem de distúrbios de saúde e emocionais na fase adulta, tais como: instabilidade nas relações sociais, ansiedade, propensão ao vício do álcool e drogas. Tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um problema em potencial, enquanto a vítima é esquecida. A especialista ressalta que os pais precisam estar atentos para alguns sinais que podem indicar que os filhos estão sofrendo bullying: isolamento, exclusão social, ataques de fúria e impulsividade, sentimento de incapacidade, agitação e agressividade atípica, medo ou pânico de ir para escola, diminuição nas notas escolares, choro aparentemente sem motivo, aparecimento de feridas pelo corpo que a criança diz que não sabe como surgiram, chegar em casa com roupa rasgada ou suja, sumiço de pertences e dores de cabeça e barriga várias vezes ao dia. Crianças que sofrem bullying têm pelo menos 3(três) desses sinais. Aos primeiros sinais que o filho possa estar exposto ao problema, os pais devem conversar com seus filhos sobre o assunto e informar imediatamente a escola e os professores. “O responsável deve orientar o filho a não reagir, não revidar, buscar evitar o perigo, levar na esportiva, desenvolver a autoconfiança (neste caso pode ser necessário um psicólogo para ajudar) e contar o que acontece para um adulto”, finaliza Valéria.
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