19/04/2024  09h16
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
19/08/2017 - 08h37
O Brasil que coopera também supera
José Luiz Tejon Megido
 

O governo colocou três cobras venenosas na sala dos produtores rurais ao mesmo tempo: a cobrança indevida do Funrural, o aumento dos combustíveis via impostos (que deverá elevar em 5% os custos) e a criação de limites para créditos em cooperativas e integradoras.

Isso associado à queda de preços de commodities e a valorização do real com efeito no câmbio, que significa menos receita e mais custo na aquisição de insumos. Além disso, sabemos da falta de infraestrutura, logística, falta de seguro etc.

Nas últimas semanas, o setor foi “agraciado” com o parcelamento de dívidas do Funrural, ou seja, foi tirada uma “cobra da sala”. O trágico assunto do Funrural, dívida a qual consideramos inapropriada e indevida, principalmente para um setor em que os fatores incontroláveis são imensos e onde o agronegócio perde competitividade e receitas por ineficiência de tudo o que ocorre no antes e no pós-porteira das fazendas.

Estrutura capenga do país, além das crises de corrupção que envolvem também o principal porto de escoamento de safras do Brasil, o Porto de Santos, presente nas acusações ao atual Presidente da República, Michel Temer.

Então, o que a Frente Parlamentar da Agropecuária celebrava naquela semana? Parcelamento de dívidas do Funrural, a diminuição da alíquota de 2% para 1,2% (que é apresentado como se o governo abrisse mão de mais de 5 bilhões de reais de impostos), e a arrecadação “apenas” um pouco mais de 2 bilhões de reais.

Mas continuam duas cobras venenosas e diversas cobrinhas em gestação. Surpreende-me ver parte do setor do agronegócio aplaudindo tudo isso, sendo que esse segmento que cresceu 13,4% no primeiro trimestre de 2017 e foi o único que salvou a economia e os políticos perambulantes de um colapso completo. Ali estava um sistema que não existe mais, comemorando a retirada de uma das cobras que foi colocada pelo próprio governo.

O agronegócio precisa cooperar entre si, fazer estudos sérios e integrados de custos, tributação, competitividade ao longo da cadeia produtiva inteira, e pagar impostos em juízo, ligados a realização de investimentos sagrados para que o setor não fique em pouco tempo asfixiado, estrangulado e morra envenenado.

Estamos órfãos de pai e mãe em Brasília. É hora de assumir a maioridade e a autogestão e determinação de toda uma categoria, e que as demais nos sigam.


Nota do Editor: José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.