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Opinião
17/08/2017 - 06h52
Caminhões desgovernados
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

Tudo no Brasil acaba sendo motivo de zombaria. Enfrentamos o apagão mental. Não temos um projeto para a melhora do país e sua população. A falta de preparo se manifesta nas atitudes de pessoas desmotivadas que, diante de problemas, dizem: “que se lixem, não é problema meu”. Precisamos de pessoas sensatas que, ao perceber os problemas que estão por surgir, indiquem medidas antecipadas de prevenção. Essas pessoas não vacilam em corrigir prontamente seus enganos.

O grande voluntarismo do governo refletiu-se no crescimento da dívida em 2014 e no desequilíbrio das contas em 2015. O aumento do imposto retira dinheiro do consumo, direcionando-o para o déficit. A indústria enfrenta a voraz competição globalizada, sem saber o que fazer. A noção de livre comércio também se desgastou, requerendo novo arranjo. É preciso restabelecer o equilíbrio nas transações.

Superpopulação, limitação dos recursos naturais, insegurança no trabalho - mais parece o apocalipse que os telejornais não se cansam de mostrar nas tragédias humanas, políticas e econômicas. O desmanche geral é apontado diariamente sem que se mostre solução, desesperançando e atemorizando a população, engrossando a violência nas cidades. Pouco se fala do grande descuido com a dívida e como ela cresceu de forma explosiva. A indústria enfrenta a voraz competição globalizada. É preciso negociar com os chineses para que haja bom equilíbrio nas transações.

O que mais falta na América Latina são estadistas éticos e competentes que queiram o bem do seu país e da população. Mas eles agem como verdadeiras “Alices” que se maravilham com o poder para atender aos interesses pessoais, esquecendo que são responsáveis pela boa formação humana nas escolas. Descartando a questão do protecionismo, esses países precisam negociar o equilíbrio na produção e comércio devido à voraz competição global que usa de todos os meios para escoar sua produção voltada para o mercado externo, pois na falta disso, o retrocesso ao tempo do colonialismo se torna uma tendência irreversível.

O cenário é complicado; é como se vários caminhões betoneiras estivessem descendo a ladeira na banguela, enquanto o mundo permanece distraído e apático, com várias pessoas sem trabalho e sem ganho, e outras abusando da fartura em suas mãos, mas todos igualmente inquietos, percebendo a velocidade dos caminhões, sem saber onde irão parar. Há o caminhão das alterações climáticas; o do fantasma da redução dos empregos; o da escassez da água potável e o do comprometimento da produção de alimentos. É a crise econômica.

O mal-estar pegou o Brasil em cheio face à ausência de patriotismo e desinteresses pessoais. A desgraceira econômica para a qual o Brasil foi arrastado em suas contas deficitárias é oportuna para o mercado global. Os ativos estão sendo vendidos a preço de banana; o mercado financeiro se transformou em motel de curta permanência para ganhos através de operações especulativas com câmbio e juros. Empresas emprestam para as suas subsidiárias visando tirar proveito das altas taxas de juros. Devemos acabar com o desmanche.

Há um problema grave na economia global. Supunha-se que a Coreia do Sul navegava em mares tranquilos, mas em recente pesquisa, verificou-se que também a população local se revelou pessimista quanto ao futuro da economia. O FMI indicou, em relatório, dez maneiras para expandir a economia dos Estados Unidos, mas estamos enfrentando uma crise global. Portanto, o FMI poderia fazer recomendações de caráter mundial na busca do equilíbrio na produção e comércio, no emprego e consumo, nas contas internas e externas, na utilização e preservação dos recursos naturais. Fora disso tudo, as medidas se tornam mero paliativo de eficácia duvidosa. O mundo precisa de líderes sábios para construções benéficas e duradouras.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br - É Autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “2012... e depois?”, “Desenvolvimento Humano”, “O Homem Sábio e os Jovens”, “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade” e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida” (Madras Editora)”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra

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