Garimpo, diligente e pressuroso, diamantes (que, como todos sabem, são eternos) nos riachos translúcidos dos seus olhos, fontes de enigmas, surpresas e mistérios. Sacio a sede, insaciável, de afetos em seus lábios, sensuais e cálidos. Torno coloridos os cinzentos sonhos que, longe de você, são sem vida, pálidos. Sinto o magnetismo mágico das suas mãos. Esqueço dores e desgostos, todos medos. Entro em êxtase, pois deliro de paixão sob o toque magnético dos seus dedos. Delicio-me com a ambrósia dos deuses que, sôfrego, sorvo da ânfora da sua boca. Minha alma vaga pelos paramos infinitos, longe do mundo, distante desta vida louca. O sol desponta. Dilui a névoa trevosa. Sua presença torna a desesperança vã. Deposito, em seu ventre, terra generosa as sementes redentoras do amanhã. Amo-a, querida, sempre amei-a e amarei. Você é, do meu mundo, a mais brilhante estrela. Amo-a desde a origem, desde... quando? Nem sei! Desde antes de conhecer-me e de conhecê-la! Caminharei ao seu lado, ungido, com devoção, felicíssimo por encontrar minha verdade, seguro e convicto, guiado por sua mão, a vida toda, além da morte, pela eternidade. (Poema composto em Campinas, em 29 de julho de 2011). Nota do Editor: Pedro J. Bondaczuk é jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
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