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SEÇÃO
Economia e Negócios
26/06/2017 - 07h29
Inovação na crise: pecado ou salvação?
Juliano Martins
 

Neste momento de reativação da atividade econômica do consumo, ouvimos muito, sobretudo no mercado varejista, que a única solução para sair da crise é cortar custos. Mas, será que fechar lojas ou gerar novas vendas com ações como promoções e redução de preços são as únicas formas de aumentar a eficiência do varejo brasileiro em um período como este?

Nós achamos que não e entendemos que, para sairmos da crise, a inovação tecnológica é um caminho concreto, real e imediato. Algumas evidências mostram que é possível inovar em tempos difíceis, gerando resultados financeiros importantes e com recursos amplamente disponíveis no mercado brasileiro. Basta começar!

Algumas iniciativas corroboram para isso. Você sabia que o “Magazine Luiza”, um dos maiores varejistas do Brasil, atribui a sua virada nos resultados financeiros às iniciativas de inovação? Segundo o CEO da companhia, Frederico Trajano, o processo foi profundo e mudou o posicionamento da empresa: de uma companhia tradicional com um departamento digital, para uma organização digital com pontos físicos e calor humano.

A mudança se concretizou com a criação do núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do “Magazine Luiza”, o “Luizalabs”. Trata-se de um laboratório de Tecnologia e Inovação, cujo objetivo é criar produtos e serviços com foco no varejo, oferecendo aos clientes mais benefícios e uma melhor experiência de compra. Hoje, são mais de cem pessoas envolvidas no “Luizalabs”. Ao que tudo indica, eles estão levando o assunto a sério.

A frente de transformação digital da empresa é muito estruturada e faz parte dos pilares estratégicos da companhia declarados ao mercado. Na nossa visão, hoje, é o caso mais bem sucedido de gestão da inovação no varejo brasileiro.

Também vale destacar o trabalho desenvolvido por algumas startups. Segundo o estudo “Mapped in Brasil” – plataforma online que permite monitorar o ecossistema empreendedor – publicado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou que este universo está pronto para entregar um volume significativo de soluções ao mercado brasileiro: atualmente, são 128 startups mapeadas, 47 aceleradoras, 41 empresas de venture capita e 30 parques tecnológicos. E muitas têm soluções maduras e com custos bastante acessíveis para o varejo.

O consumidor brasileiro está gritando por inovação no varejo. E isto não é um exagero. O relatório “Clientes do varejo estão gritando – você está se adaptando?”, da “Accenture Consulting” traz exatamente uma visão clara sobre como os consumidores querem interagir com a tecnologia no ponto de venda. 

Cito alguns insights interessantes deste relatório sobre o comportamento do consumidor brasileiro: 56% não podem esperar para receber recomendações inteligentes de compra quando estão dentro da loja; 47% querem poder comprar usando pontos de programas de fidelidade de forma fácil e ágil no ponto de venda; e 39% têm interesse em meios de pagamento mobile (a média global é de 25%).

Mas, o que mais surpreendeu neste estudo é que 82% dos consumidores brasileiros tiveram seu comportamento de compra influenciado pelo Google (a média global é de 57%) e 68% dos entrevistados “confessaram” terem sido impactos diretamente pelo “Facebook” (no mundo, esta média é de 41%).

Com base nestas informações, não dá mais para dizer que não se implementa tecnologia ou inovação no varejo porque o consumidor brasileiro não quer ou não se adapta. Será preciso dar outra desculpa.

As evidências estão aí, assim como é latente a necessidade de agir rápido. Chegou a hora de o varejo brasileiro obter resultado com o uso da inovação tecnológica no seu negócio. E, neste contexto, estamos certos de que este é o caminho a ser seguido.


Nota do Editor: Juliano Martins é diretor vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR).

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