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Medicina e Saúde
14/06/2017 - 06h52
Como conviver com a endometriose
 
 

Todos os meses, o endométrio, que é o tecido que reveste a parte interna do útero, se espessa para que possa receber um óvulo fecundado. Quando a mulher não engravida, esse tecido formado por sangue descama e é descartado na menstruação. Em alguns casos, uma quantidade não é expelida e invade outros locais do corpo como ovários, peritônio, cavidade abdominal e até órgãos como intestino e bexiga, causando a endometriose, uma doença ginecológica benigna. De acordo com o ginecologista Rui Ferriani, presidente da Regional Ribeirão Preto da SOGESP (Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo), a doença atinge 10% das mulheres em idade reprodutiva.

Os principais sintomas da doença são dor pélvica crônica, cólicas menstruais, sangramento intenso e infertilidade. Segundo o médico, esses sinais variam muito. “Algumas pacientes apresentam sintomas leves enquanto outras apresentam quadros dolorosos intensos, que prejudicam muito a qualidade de vida. Algumas podem ter dor incapacitante, com perda da produtividade, assim como dores em relações sexuais.”

A endometriose é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas costuma desaparecer ou melhorar muito após a menopausa, pois o principal estimulador do endométrio é o hormônio feminino estrogênio, presente na vida reprodutiva da mulher. Mas, antes disso, a enfermidade pode atingir outros órgãos, como intestino e bexiga, e prejudicar a função deles. “Pode também ocorrer a perda dos ovários por causa da formação de grandes cistos”, informa Ferriani.

Não se sabe com certeza a origem da doença, mas existe a probabilidade de ser genética. O diagnóstico é feito por exames de imagens e o histórico clínico da paciente, mas, segundo Ferriani, existem dificuldades para confirmar a enfermidade. “A confirmação deve ser feita através da videolaparoscopia, mas nem sempre ela é indicada. Se há suspeita baseada em dados clínicos, exame físico e de imagem, estamos autorizados a fazer o aconselhamento do ponto de vista terapêutico para a paciente”, afirma.

O tratamento é feito com medicamentos e até com cirurgia. “Todos têm eficácia bastante semelhante do ponto de vista de dor, mas devemos deixar claro que eles melhoram os sintomas, mas nem sempre erradicam a doença. Outra forma de tratar a dor é através de cirurgia. A melhora após o procedimento tem índices semelhantes ao tratamento clínico, mas se deve levar em conta que a reincidência é alta. Já para o tratamento da infertilidade, o principal tratamento é a reprodução assistida, que possui ótimos resultados em casos de endometriose”, adverte.

Para o médico, é necessário encarar a paciente como portadora de uma doença crônica e incurável. “Muitas vezes, ela incapacita a vida pessoal, sexual e conjugal da mulher, podendo até limitar o número de filhos. O médico tem de tentar dar o melhor aconselhamento possível às pacientes e também as melhores formas de tratamento, para que a mulher possa administrar a doença, já que ela não poderá ser erradicada definitivamente.”

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