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Ciência e Tecnologia
15/04/2017 - 08h19
O futuro do administrador de virtualização
Kong Yang
 

Para profissionais de virtualização experientes, as mudanças trazidas pela TI híbrida podem parecer um tanto preocupantes. Afinal de contas, os avanços tecnológicos empresariais mais empolgantes e convincentes do passado, incluindo a virtualização, foram projetados para seu data center local. Entretanto, com o crescimento da nuvem e das tecnologias adjacentes no centro das atenções, o que inclui a conteinerização e a arquitetura sem servidor, os administradores de virtualização modernos enfrentam um ponto de transição crítico em suas carreiras. Eles se perguntam como manter sua relevância e seu sucesso quando as qualidades desejáveis no setor de TI estão migrando cada vez mais de coisas como virtualização para coisas como nuvem e ofertas “como serviço”.

Assim como aconteceu com a reviravolta profissional enfrentada por nossos colegas administradores de sistemas, redes e bancos de dados na esteira da virtualização ao longo dos anos, nós, administradores de virtualização, agora precisamos nos adaptar e desenvolver nossos conjuntos de habilidades nos próximos anos. Isso é crucial ao sucesso em um setor em tão rápida transformação. Em poucas palavras, tudo – até mesmo a nuvem – é uma abstração da tecnologia existente. E, embora a mudança seja iminente, esse novo e nebuloso panorama representa uma ameaça apenas aos profissionais de TI que estão estagnados e não estão dispostos a aprender coisas novas.

O desafio do administrador de virtualização

Possivelmente, uma das mudanças mais intimidantes que estão afetando o panorama atual da virtualização é o avanço de ferramentas de gerenciamento por meio de softwares de automação e orquestração. À medida que essas ferramentas amadurecem – elas agora oferecem recursos de analítica preditiva e recomendações – torna-se totalmente possível automatizar todo o ciclo de vida de uma máquina virtual ou de um ambiente em níveis virtualizado. Tudo, desde o provisionamento até a preparação e a implantação de uma máquina virtual, agora pode ser automatizado, o que parece tornar redundante o papel do administrador de virtualização.

No entanto, esse é um clássico cenário em que não se consegue ver a floresta porque há muitas árvores na frente, e a realidade é exatamente o contrário. Os avanços em automação e orquestração no gerenciamento da virtualização são uma bênção, não uma ameaça. Os novos recursos e funcionalidades dessas ferramentas nos oferecem a oportunidade de gastar menos energia em atividades corriqueiras, manutenção de rotina e solução de problemas, e mais tempo em educação, novas certificações e pesquisa das oportunidades de crescimento que garantirão nossa permanência no data center moderno.

O mais importante é perceber que manter a relevância – mesmo em um setor que passa por mudanças tão rápidas – não significa recomeçar do zero. Certamente, precisaremos investir tempo e recursos para aprender novas tecnologias e saber como elas podem ser integradas às implantações de infraestrutura atuais de nossas organizações. Contudo, a maioria das habilidades necessárias para sermos bem-sucedidos no futuro já consta de nosso repertório.

Preenchendo a lacuna: do desafio à oportunidade

Mais especificamente, habilidades de gerenciamento e monitoramento, como as estruturas DART (descoberta, alerta, correção e solução de problemas) e SOAR (segurança, otimização, automação, criação de relatórios), serão bastante úteis a todos nós, especialistas em virtualização, ao buscarmos transformar nossa função nos próximos anos. Muitos dos desafios próprios à virtualização – saturação da utilização, cargas de trabalho de restauração, alocação adequada de recursos etc. – também estão presentes na computação em nuvem e nas soluções “como serviço”. Em vez de provisionar uma máquina virtual e pensar no sistema operacional e nos protocolos de TI com os quais prepará-la, por exemplo, os especialistas em virtualização capazes de evoluir juntamente com os provedores de serviços de nuvem saberão como usar seus conjuntos de habilidades atuais para arquitetar e fornecer aplicativos em níveis a fim de proporcionar uma experiência digital aos usuários finais de dispositivos móveis.

A capacidade de identificar e solucionar a causa raiz de problemas de desempenho com rapidez, bem como de otimizar ambientes de host e utilizar a criação de relatórios para embasar a futura estratégia, são todas habilidades transferíveis que nos serão úteis à medida que tecnologias nascidas na nuvem permearem o data center.

Ao mesmo tempo, os provedores de serviços de nuvem, como Amazon® Web Services, Microsoft® Azure, IBM® SoftLayer® e Google Cloud®, para citar apenas alguns, estão recrutando ativamente profissionais de TI com experiência no gerenciamento de infraestruturas empresariais. Esses provedores de serviços têm suas raízes no espaço do DevOps e podem beneficiar-se das informações e técnicas de operações compartilhadas pelos profissionais de TI empresariais. Além disso, no caso de profissionais de virtualização que assumem cargos em um provedor de serviços de nuvem, os requisitos de gerenciamento da pilha de infraestrutura física continuam presentes. Esses requisitos são apenas adaptados à nuvem para a otimização da experiência digital dos usuários finais, a garantia dos padrões de desempenho de SLAs, a utilização da automação em larga escala etc.

Logicamente, existem algumas novas habilidades pessoais que devem ser desenvolvidas, começando pelo aprimoramento da capacidade de “produtizar” uma solução para as operações de negócios. Quanto mais pudermos atuar como elo entre o data center e a liderança de negócios, ajudando, do ponto de vista técnico, a obter a adesão de grupos de interesse internos a soluções relevantes, mais indispensáveis nos tornaremos para nossas organizações.

Para os administradores que desejam continuar sendo especialistas em virtualização, a capacidade de programar seus próprios scripts de código será fundamental, visto que os data centers definidos por software oferecem amplas oportunidades de personalização por meio da camada de abstração. Para os interessados em mudar para uma função automatizada e centrada em operações, capacidades adicionais e familiaridade com o Microsoft Powershell® e o PowerCLI, bem como com outras nuances sutis dessas ferramentas de automação, são cruciais.

Tornando-se o administrador de virtualização do futuro

Enquanto os administradores de virtualização que optarem por permanecer estagnados correrão o risco de tornarem-se obsoletos no panorama tecnológico atual, aqueles que puderem continuar a desenvolver seus conjuntos de habilidades atuais e envolver-se com novas tecnologias estarão mais do que qualificados a buscar muitas novas oportunidades. Considere os seguintes conselhos e práticas recomendadas para garantir seu lugar na próxima geração da TI:

1. Aceite as mudanças. Não importa como você se adaptará – pode se trabalhando para continuar sendo um especialista em virtualização na era da TI híbrida ou voltando-se mais para a nuvem – o aprendizado mais importante do panorama em transformação é que restringir-se a um único fornecedor não é mais uma opção. Como acontece com as funções no data center, a estratégia de data center também é hiperconvergente. Os administradores de virtualização do futuro devem aceitar as mudanças e buscar oportunidades de ampliar os serviços de infraestrutura das organizações, bem como de trabalhar com novas tecnologias. Você pode começar abrindo-se para ofertas da concorrência e para tecnologias adjacentes, como contêineres, microsserviços, funções como serviço etc., o que inclui o aprendizado de vários serviços de diversos provedores.

2. Lembre-se de que a educação é um processo contínuo. Em um panorama em tão rápida evolução, o processo de educação nunca termina. Embora os especialistas que trabalhavam de forma compartimentalizada e gerenciavam partes separadas da pilha de aplicativos e infraestrutura tenham desempenhado um papel fundamental no departamento de TI tradicional, o data center moderno está mais interconectado do que nunca. Como resultado, os generalistas de TI – aqueles profissionais que conhecem um pouco de tudo e têm um entendimento holístico da pilha de aplicativos, podendo tomar decisões rápidas e bem informadas sobre a nova tecnologia – serão especialmente bem-sucedidos no futuro próximo. Isso caminha de mãos dadas com a primeira prática recomendada: aceitar as mudanças. Os especialistas em virtualização de hoje que buscam o sucesso devem aproveitar cada oportunidade de entender melhor todas as partes da pilha de infraestrutura e como elas são afetadas pelo crescimento da estratégia de TI híbrida.

3. Não seja apenas um solucionador de problemas, torne-se um consultor estratégico. Todos os profissionais de TI devem se concentrar mais no usuário final e desempenhar o papel de consultor, em vez de ser simplesmente aquele que soluciona problemas. Devemos orientar as unidades de negócios, informá-las sobre suas opções tecnológicas e fornecer os serviços de integração apropriados. Como consequência, os profissionais de virtualização devem ser educados para saber quando e como usar novas tecnologias, como nuvem, contêineres, IoT, big data etc., de maneira a oferecer os melhores benefícios para as organizações.

4. O monitoramento é uma disciplina. Quando os departamentos de TI implementam uma solução de monitoramento abrangente e adotam o monitoramento como disciplina, os problemas podem ser detectados e solucionados quando os primeiros alertas aparecem, o que evita urgências e impede que os negócios sejam afetados. Os profissionais de TI que tiverem experiência em monitoramento como disciplina estarão mais bem preparados para passar de um cargo com foco principal na virtualização para uma função mais automatizada e centrada em operações ou até mesmo para um cargo junto a um provedor de serviços de nuvem.

Em última análise, à medida que as funções compartimentalizadas tradicionais da TI – administradores de rede, de armazenamento, de sistemas, de bancos de dados e, logicamente, administradores de virtualização – continuam a assumir novas responsabilidades, a capacidade de aprender rapidamente novos conceitos e habilidades de TI tornam-se mais importantes do que ser especialista em uma única tecnologia. Para aproveitar essa oportunidade e garantir seu lugar na próxima geração de TI, você deve ir além da infraestrutura e buscar o verdadeiro conhecimento das necessidades dos negócios e de como a tecnologia – e as novas habilidades – pode atendê-las.


Nota do Editor: Kong Yang, Head Geek™ (gerente técnico) da SolarWinds.

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