A comunidade caiçara de Guarujá iniciou, na quinta-feira (2), o resgate de uma tradicional forma de artesanato, que utiliza a bananeira como matéria-prima. Trata-se de uma oficina que acontece, quinzenalmente, das 15 às 17 horas, na Sociedade Amigos da Prainha Branca, que fica na Estrada Guarujá Bertioga, quilômetro 22,5. Nesse primeiro momento, os alunos aprenderam a extrair a fibra do fruto. A idéia é da presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS) Haifa Madi, que está desenvolvendo projetos de geração de renda, foco das ações do Fundo Social. A oficina está sendo realizada em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e fazem parte do projeto 20 moradores. Para a assistente social Andréia Carvalho Estrella esta é uma forma de recuperar a tradição de uma das únicas comunidades da Região, que mantém a identidade caiçara, além de promover geração de renda. Segundo ela, o interesse da comunidade foi instantâneo. "Alguns dos alunos já desenvolviam trabalhos com a bananeira, outros, apesar de serem artesãos nunca haviam feito obras com o fruto", disse. Já a assistente social do Rebeca Pires, relatou que os moradores terão maior contato com a natureza, transformando em renda o que seria inaproveitável no bananal. "Eles estão se socializando e serão multiplicadores do costume típico: os trançados de bananeira". Aproveitamento - A banana é uma fruta muito conhecida no Brasil e no mundo, mas o que pouca gente sabe é que da bananeira, além do fruto, resultam cinco fibras diferentes, desde uma mais áspera, mais rude, até outra de textura mais fina e delicada. Acontece que dessas fibras também é possível fazer bandejas, cestos, chapéus, almofadas, tapetes e objetos de adorno.
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