Flor delicada e etérea dos sonhos, delírios de angústia, pétala sutil da madrugada, pura açucena dos campos da sensibilidade e sentimento, desabrochar da alegria, faça do meu desencanto enfático cântico de vitória! Aromatize nauseabundas cloacas da inveja, ódio e maldade com, de rosas brancas e amarelas, inebriante aroma. Ou do jasmim, ou da lótus das meditações. Que seus passos sejam leves asas de borboletas e não sangrem as frágeis pétalas das fantasias, sonhos e ideais com brutais tacões assassinos de desejos inconfessáveis. Que as mãos sejam brisas sutis, os dedos, sopros da aura, os lábios, carícias de asas, os olhos, fontes cristalinas, o mundo, canteiro, vergel onde a erva do desamor, urtigas, espinheiros e cardos que crestam a humanidade sejam lançados nas chamas que purificarão a Terra. Rosa mágica, rosa de Sharon que marcou passagem no tempo com gestos e atos e fatos e encantos e a elétrica empatia que move a unidade, desabroche, ressurja, renasça e além de um poeta e amante, me erija, me transforme em dínamo gerador de emoções! (Poema composto em Campinas, em 9 de agosto de 1978). Nota do Editor: Pedro J. Bondaczuk é jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
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