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Cidades
04/06/2005 - 16h03
Soltar balões, uma brincadeira que mata
Romeu Tuma
 

Diz um velho ditado que quem brinca com fogo pode se queimar. Quando junho chega, é necessário acrescentar: quem brinca com balão, além de se queimar, pode matar muita gente. Neste período, os céus das grandes cidades são tomados pelos famigerados balões de São João. Apesar dos constantes apelos da mídia e das autoridades, que mostram os perigos, com os mais diversos exemplos, a prática coloca em risco moradores, principalmente os de favelas, passageiros de aviões e helicópteros, além das matas que cercam regiões metropolitanas.

Só existe uma palavra para definir quem não se dá conta do perigo: irresponsável. Argumentar que soltar balões faz parte da nossa cultura é inadmissível. Não pode ser considerada cultura uma prática que coloca em risco milhares de pessoas. Hoje, observamos verdadeiras quadrilhas, que infelizmente envolvem até gente de bem em disputas entre bairros ou grupos rivais. Vence a falsa disputa quem faz o maior balão, quem consegue colocar mais bombas e assim por diante. Na verdade, perdem todos.

Esses grupos ou gangues se especializaram em fazer armas carregadas com fogos de artifício e prontas para desabar a qualquer momento e em qualquer lugar. É incontável o número de pessoas que já morreram vítimas de incêndios ou explosões causadas por balões. Na maior parte das vezes, são inocentes, que vêem bens materiais e vidas serem consumidas pelas chamas dos incêndios.

No ar, o tráfego aéreo também é prejudicado. Uma colisão contra esse corpo estranho pode ser fatal durante o procedimento de subida ou descida de uma aeronave de qualquer porte. Pilotos estrangeiros, quando em viagens ao Brasil, são alertados sobre os riscos que correm quando se aproximam dos aeroportos internacionais do país. Felizmente, até hoje o pior não aconteceu. No entanto há diversos relatos de tripulações sobre manobras de última hora feitas para evitar tragédias. Isso sem contar as fortunas que as empresas que produzem ou armazenam materiais inflamáveis gastam para se prevenir contra o perigo.

Infelizmente, as autoridades, na maior parte das vezes, não têm muito a fazer a não ser correr atrás dos prejuízos ou minimizar os estragos. A população deve fazer sua parte denunciando a prática ilegal. Afinal, os balões são soltos ao ar livre, a partir de campos de futebol, ruas e praças públicas. Quem flagrar o crime precisa utilizar rapidamente o Disque-Denúncia, por meio do telefone 181. Ao agir dessa forma, o cidadão, com certeza, estará fazendo um grande bem à sociedade.


Nota do Editor: Romeu Tuma é deputado estadual (PMDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, membro da Comissão de Segurança Pública e Corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo.

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