25/04/2024  11h45
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
24/08/2016 - 06h37
O legado da Olimpíada e da Copa
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Terminada a Olimpíada do Rio, com 19 medalhas, o Brasil resta na melhor posição até hoje alcançada nos jogos olímpicos. Mas não atingiu a meta, que era de 27 medalhas. Apesar de toda a repercussão, estamos muito longe de ser um país dos esportes. Isso porque há muito tempo, os investimentos têm sido direcionados aos esportes de alto rendimento e nada se faz para incentivar a prática esportiva nas bases, de onde poderiam surgir espontaneamente os novos valores de cada modalidade. Os currículos escolares não têm o esporte como objetivo e as poucas iniciativas desviaram os recursos oficiais através de ONGs fraudulentas freqüentadas por ativistas políticos corruptos.

Agora é tarde para discutir a conveniência da realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, assim como também não cabe mais questionar a Copa de 2014. Mas é indispensável que os órgãos de fiscalização e controle acompanhem de perto o fechamento das contas relativas a esses eventos e, principalmente, o que será feito das instalações esportivas e de todo o aparato construído para dar suporte aos certames. Esses empreendimentos, especialmente os que tiveram a aplicação de dinheiro público, têm de, obrigatoriamente, cumprirem função social e urbanística. Se isso não acontecer, ficará escancaradamente provada a inconveniência da realização tanto da Olimpíada quanto da Copa do Mundo em solo brasileiro.

Precisam as autoridades e entidades ligadas ao desporto aproveitarem o momento e o legado olímpico para incentivar o povo à prática esportiva sem aquele viés enriquecedor que facilita a corrupção. Temos de incutir no jovem o desejo de praticar o esporte como forma de socialização, cidadania, convivência e saúde, com a possibilidade dos melhores subirem os degraus da fama. Para tanto, as escolas devem ser conclamadas e apoiadas para oferecerem esportes ao alunado. As prefeituras e as empresas a, com recursos próprios e por incentivo fiscal, apoiar os esportes e notadamente as escolinhas de onde possam surgir os futuros craques das diferentes modalidades.

Nada contra o esporte de ponta. Apenas a observação de que, havendo a prática disseminada das diferentes modalidades pela população, as grandes equipes terão onde buscar seus novos valores e o povo terá nos centros esportivos o seu grande ponto de encontro. Nem todos os esportistas de base conquistarão a glória, mas todos eles gozarão dos benefícios da “mente sã em corpo são”, traduzidos em saúde, convivência pacífica e cidadania. Até os Jogos Abertos do Interior, no estado de São Paulo, poderão voltar a ser aquela grande ação de disputa e congraçamento entre os jovens das diferentes regiões...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.