A farsa de Inês Pereira, Gil, o Juiz da Beira, O Quixote e suas valentias encantadas As cavalarias que eram os valiuns da época Camões e as atas das assembleias do mundo Dante, tinha de empunhar a lança implacável Enquanto filósofos arquitetavam conjeturas O pensamento era fluído, ruídos das lonjuras O povo tocava sua vidinha, vilas e feiras. Não se pode viver sem comer, nem ler sem viver. De Quincey, Baudelaire e o ópio do saber viver. A graça e o medo inexplicável dos hotéis. As mil e uma noites e as histórias de Sherazade O novo mundo e Walt Whitman, Poe e Emerson, No sul e no sur, Machado e Borges. Eis uma fagulha da literatura, um rascunho das letras, Um pobre esboço que demonstra só um ponto visível. Jamais deixarão, amantes do verbo, de perfurar nossas entranhas, E fazer da linguagem nova linguagem, do homem novo outro homem, do planeta novo planeta, o que perdura em nossos sonhos. Nota do Editor: Amadeu Roberto Garrido de Paula é advogado especialista em Direito Constitucional, Civil, Tributário e Coletivo do Trabalho e fundador da Garrido de Paula Advocacia. É autor do livro Universo Invisível e membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas.
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