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O Teatro Mario Covas, em Caraguatatuba, apresenta nesta quarta-feira (22/6), às 20h, o espetáculo “Yebo”, com o Grupo Gumboot Dance Brasil. Gumboot dance (dança de botas de borracha) é uma forma de dança popular que foi criada por trabalhadores no século XIX nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. A entrada é franca. Yebo é o segundo espetáculo do Grupo Gumboot Dance Brasil. Ele aborda a exploração, tanto das minas como dos sete povos levados para extração do minério, a criação de um dialeto sonoro a partir das batidas nas botas de borracha, a espera das mulheres por seus maridos mineiros durante a temporada de exploração das minas. A classificação é livre e os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Teatro a partir da próxima terça-feira (21/6), das 10h às 12h e das 14h às 17h. O Teatro Mario Covas está localizado na Av. Goiás, nº 187, no Indaiá. Mais informações: (12) 3881-2623. Sobre o Gumboot Dance Brasil O Gumboot Dance Brasil começou em 2008, a partir da pesquisa do bailarino e coreógrafo Rubens Oliveira. Trabalhou com profissionais como Antônio Nobrega, Inês Bogéa, Susana Mafra e Benjamin Taubkin. Teve contato com o gumboot na Cia. Ivaldo Bertazzo, com o grupo KOVA BROTHERS, da África do Sul e assim deu inicio a um grupo de pesquisa e fez uma viagem à África do Sul para conhecer essa técnica direto da fonte. De volta ao Brasil, formou o Grupo Gumboot Dance Brasil que teve seu primeiro espetáculo em 2010. Em 2012, Rubens esteve em Paris ministrando workshop e o Grupo tem rodado pela capital e interior de São Paulo apresentando e ensinando o Gumboot desde então. Em 2013 estreia YEBO, espetáculo com o qual estão circulando neste momento. O Gumboot surgiu em meados do século XIX no período em que ocorriam as descobertas de minas de diamante e de ouro e por conta dos longos anos de colonização Holandesa e Britânica a segregação racial era essencialmente informal, apesar de algumas leis terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de pessoas nativas, muitos dos povos negros segregados em tribos, eram enviados às minas como mão de obra local. Por conta dos inúmeros povos de diversas línguas (a África do Sul tem cerca de onze línguas oficiais) os trabalhadores encontraram um formato de se comunicar sem precisar do idioma e descobriram que com o batuque das botas, canto e gritos era a solução para que pudessem se comunicar. Segundo Rubens Oliveira, haviam diversas simbologias que simplificavam essa comunicação como a saudade da família, o trem que os conduzia as minas e a própria iniciativa em se divertir por mais que estivessem em condições insalubres de trabalho. “A coerência de sons e ritmo foram amadurecendo e aos poucos transformaram a ‘comunicação das botas’ em dança”, sintetiza o bailarino. Espetáculo “Yebo” – Grupo Gumboot Dance Brasil Dia 22/6 – quarta-feira – às 20h Teatro Mario Covas Entrada franca Classificação livre l 45 min.
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