A construção civil assistiu indefesa, em 2015, ao recuo econômico de 8% do setor e ao fechamento de mais de 500 mil postos de trabalho, levando os gestores ao maior índice de desconfiança dos últimos 15 anos. Se já não bastecem as incertezas políticas instaladas no país, a falta de políticas publica de incentivo e atrasos no repasse das obras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), as empresas tiveram que suportar o aumento da carga tributária e a restrições a créditos imobiliários. O Estado está à beira do colapso e compartilha seu ônus, alimentando desenfreadamente o estomago aparentemente sem fundo da máquina pública. Diante de tal situação, dificilmente o setor será beneficiado tão cedo. Neste prisma, cabe ao empresário acreditar que é possível superar e obter vantagens do momento, para, ao final, sair na frente da concorrência, estando pronto para um mercado cada dia mais exigente. Aproveitar o fim da agitação do mercado para desenvolver novas estratégias de atuação seria uma opção. Aquisição de novas tecnologias, conhecimento e desenvolvimento de novos processos de produção, especialização de funcionários, podem gerar uma boa redução nos custos de projetos futuros. Ainda, o empresário pode buscar incentivos fiscais já existentes como forma de redução das despesas, aproveitando a calmaria para se adaptar as diretrizes da lei. Essas políticas econômicas buscam o desenvolvimento de determinadas áreas através de isenções ou cobrança reduzida de impostos, proporcionando as empresas uma segunda opção para a redução de custos operacionais. Considerando o atual cenário político e econômico e a baixa expectativa de mercado, caberá ao empresário reencontrar o caminho do crescimento. Nota do Editor: Carlos Eduardo Alves de Oliveira é colaborador da área tributária do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados.
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