Líderes são profissionais que trabalham com pessoas e materiais, administram aspectos financeiros, atendem normas (internas e externas), devem estar alinhados ao planejamento estratégico e apresentar resultados. Pelo menos a grande maioria das organizações possuem essa expectativa. Para resultados de sucesso, o líder deve ser pessoa de bom conhecimento técnico, porém, apresentar grande competência para lidar com diversos fatores e conflitos de necessidades que fazem parte da rotina de toda empresa de pequeno, médio e grande porte. As pessoas são fundamentais nesse contexto. O mundo muda, a tecnologia avança, o meio ambiente modifica. E as pessoas também se transformam acompanhando todo esse processo. Adequam-se e adaptam-se. O líder também necessita mudar e uma das maneiras para que isso aconteça rapidamente e sem prejuízo para empresa, é ter, genuinamente, o desejo de expandir e dar abertura para processar novas informações desse mundo mutante. A partir daí e da disponibilidade em adquirir novas experiências, conhecimentos e praticar esses conceitos, têm-se novos padrões para liderar pessoas e processos com sucesso. Os padrões mentais formados desde a primeira infância são os responsáveis pela condução da vida. São as informações registradas em nosso cérebro e fixadas para compor a memória que permite a existência, as relações, novas descobertas, progressos, enfim, o mundo tal qual conhecemos. Muito embora isso seja de grande valia, mudar alguns desses padrões também é importante para acompanhar as mudanças naturais da vida. Baseado na teoria da possibilidade de formar líderes (uma vez que liderança não é inata), a mudança dos padrões mentais através de ferramentas e técnicas apropriadas são indicadas, e ajudam a formar profissionais de empresas competitivas e perenes. As organizações de até pouco tempo, apreciavam e reforçavam atitudes de líderes autoritários e centralizadores. Na verdade, a grande confusão acontece quando firmeza é interpretada como autoritarismo, ou seja, ser atencioso, gentil, permitir uma equipe mais autônoma, em geral poderia comprometer a liderança. Embora isso tudo tenha se modificado, essas crenças ainda persistem em muitos dos líderes que estão nas organizações e, principalmente lidando com gerações de jovens profissionais que não entendem e não aceitam essas condutas e pior, deixam os empregos mesmo que estes possam representar uma carreira brilhante. Segue abaixo, alguns padrões presentes no comportamento de líderes que não mais agregam ao perfil: - Não saber ouvir as pessoas; - Centralização - Não delegar ou delegar pouco; - Falta de acessibilidade; - Pouca abertura a novas ideias da equipe; - Valorização excessiva do cumprimento de regras (horário, disciplina); - Falta de compreensão das necessidades de outras gerações; - Imposição e/ou autoritarismo; - Forte apego ao cargo – resistência a permitir outras lideranças na equipe; - Limitada busca por novos conhecimentos, como cursos de Pós-graduação, MBA, viagens internacionais; - Resistência a temas como Quociente Emocional (Q.E.), de Adversidade (Q.A.), Espiritualidade (Q.S.) e outros que lidam com comportamentos e aspectos emocionais. Competências que fazem diferença para líderes de Alta Performance. E mais interessante ainda é o resultado após o processo de desenvolvimento: equipes mais motivadas, empresas mais competitivas e verdadeiros líderes, de pessoas e de processos, além do sentimento de missão cumprida e auto realização. Trabalho com satisfação. Nota do Editor: Eline Rasera é psicóloga, coach, especialista em Gestão de Pessoas e professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.
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