Na maior metrópole brasileira, pessoas e empresas multiplicam seus contatos pelas redes sociais. Usam aplicativos que aceleram as facilidades do cotidiano e modelam o mundo virtual. Sob esse prisma, São Paulo acompanha a evolução tecnológica do mundo. Os movimentos, porém, são limitados. Não há no universo eletrônico da cidade uma perfeita interação entre a comunidade e seus mais importantes entes públicos e privados. Falta uma parte essencial para unir a população paulistana em torno de suas demandas e necessidades, de suas ofertas, de seus atrativos e de suas possibilidades. Sente-se falta de um espaço virtual que propicie à cidade encontrar-se com os fluxos de uma comunicação plena e, com esse novo aparato tecnológico, avançar em direção a um mundo integrado, bem organizado, com serviços públicos mais eficientes e democráticos. Sob esse novo conceito, abriremos caminho para o que se chama de São Paulo, Cidade Digital. O objetivo é alargar a estrada, acelerar os passos de todos os grupos sociais e colocar São Paulo entre as melhores referências mundiais no que diz respeito ao uso democrático da tecnologia. Se o Rio é a cidade Olímpica, São Paulo será a cidade digital. Ao promovermos essa expansão, alcançaremos o pódio de capital intelectual do continente, maior polo do turismo de negócios, da cultura, do entretenimento, da mídia, dos setores produtivos e do trabalho. A Cidade Eletrônica se estrutura a partir da visão de que as ferramentas digitais constituem o melhor modelo para facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços da municipalidade, integrando interesses da comunidade, estimulando atividades, empreendedorismo, criatividade e investimentos. Vale destacar o rápido surgimento das chamadas cidades virtuais pelo mundo, incentivadas por prefeituras e agências de desenvolvimento urbano para possibilitar um maior acesso à telemática e a um futuro urbano mais positivo. As cidades virtuais são espaços eletrônicos, em geral com base na internet, desenvolvidos para interligar, de forma explícita, as agendas de desenvolvimento de cada município. Funcionam como base da gestão pública direcionada a uma variedade de objetivos urbanos: marketing, estímulo ao turismo de eventos e de consumo, integração das comunicações entre população e governos, incremento da competitividade empresarial, apoio às culturas locais e melhor dinâmica nos serviços de saúde, educação e segurança. Diante dessa moldura, a situação que se enxerga neste momento na cidade de São Paulo é desanimadora: os vários setores da administração não se falam. Aliás, não há comunicação nem mesmo dentro de uma área importante como a da saúde. Por consequência, o cidadão não sabe os recursos oferecidos na cidade. Nem quais as principais carências que demandam maiores investimentos. Tratamos, portanto, da questão da transparência: a população pode e deve obter informações on-line e fiscalizar o andamento da gestão pública, tudo via internet. São Paulo, Cidade Digital é um programa viável, com investimentos majoritariamente privados, para fazer da capital paulista uma metrópole banda larga. Isso vai atrair investimentos, novas empresas e oportunidades. Dará uma nova dinâmica a São Paulo, que hoje, infelizmente, é a cidade do devagar quase parando. Nota do Editor: João Doria, 58, é jornalista, empresário e pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
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