O mercado de trabalho internacional está cada vez mais interessado em talentos brasileiros. Prova disso são alterações na regulamentação de vistos facilitando as contratações de estrangeiros, como aconteceu em 2013 na Irlanda, e as possibilidades de estágios e contratações de profissionais qualificados para o Canadá.

Os pacotes de intercâmbio com oportunidades para quem quer investir na carreira também despertam cada vez mais interesse dos brasileiros. De acordo com a gerente de vendas da Seda Intercâmbios, Daniela Decimoni, entre os programas mais buscados estão os de longa duração como o vocacional do Canadá e os de trabalho da Irlanda, Austrália e Nova Zelândia. “Esses programas permitem que o intercambista invista em sua profissão ou na descoberta da carreira que deseja seguir. Enquanto ele aprende um idioma, ainda ganha dinheiro e deixa seu currículo mais interessante para futuras oportunidades. As empresas estão cada vez mais atentas a recrutar estudantes que tenha uma vivência internacional”, explica ela.

Entenda as oportunidades

1. Canadá

O programa vocacional no Canadá alia estudo e trabalho. É ideal para aqueles que desejam fazer um curso diferenciado voltado para ampliar suas habilidades de comunicação e, ao mesmo tempo, trabalhar para ganhar mais experiência e juntar dinheiro para as viagens. São seis cursos oferecidos em um dos programas da Seda Intercâmbios:

1. Canadá, Cultura e Trabalho

2. Atendimento ao Cliente, Vendas e Marketing

3. Viagens, Turismo e Hotelaria

4. Gestão de Eventos, Atrações e Trabalho em Equipe

5. Tendências Turismo e Impactos

6. Turismo Baseado Empresas e Workplace Communications

As oportunidades são pra Vancouver, para programas de 48 semanas – ou seja, 24 semanas de curso (600 horas) e 24 semanas de estágio (600 horas). Durante o período de curso, os estudantes também podem trabalhar até 20 horas semanais. O salário fica entre 9 e 14 dólares canadenses por hora.

A idade mínima é 19 anos e um dos critérios é ter inglês intermediário. Os alunos normalmente fazem estágio em turismo, hospitalidade ou na área de serviço a clientes. “Essas oportunidades permitem que os alunos desenvolvam a comunicação, conheçam mais sobre a cultura do país, a atividade profissional e descubram suas habilidades pessoais”, reforça Daniela.

2. Austrália

O estudante deve comprar no mínimo 14 semanas de curso e poderá trabalhar até 20 horas semanais. A remuneração média é de 10 a 25 dólares australianos por hora. As áreas com mais vagas são hotelaria e restaurantes, serviços de limpeza em escritórios e limpeza de obra.

Entre os motivos que colocam a Austrália como destino bastante procurado é o clima, parecido com o Brasil, e as oportunidades de emprego e qualidade de vida das cinco principais cidades australianas que entram na lista das 30 melhores do mundo para estudante.

3. Nova Zelândia

São pelo menos 14 semanas de curso para ter o direito de trabalhar 20 horas semanais. A regra vale para os cursos vinculados às escolas chanceladas pela New Zealand Qualifications Authority (NZQA) como de Categoria 1, consideradas as principais instituições do país. O curso deve ser de período integral (mínimo de 20 horas de estudo por semana). Os trabalhos pagam em média 11 dólares neozelandês por hora. As vagas são para recepcionista, garçom, preparador de sanduíches, ajudante de cozinha, babá, auxiliar de limpeza, motoristas e entregadores e vendedores de lojas.

Esse destino tem custo mais baixo do que os outros com o mesmo perfil. Além disso, a Nova Zelândia tem baixo índice de criminalidade, boa qualidade de via e paisagens para encantar todos os gostos.

4. Irlanda

O intercâmbio nesse país permite que estudantes de cursos de idioma com seis meses de duração, ou mais, possam trabalhar meio período (20 horas semanais) durante as aulas. As vagas são, principalmente, para o setor de hotelaria ou para restaurantes, bares, cafés, trabalhos domésticos (como babá e limpeza) e vendedores de loja. O salário é de 8,65 euros por hora. Existem muitas oportunidades também na área de tecnologia da informação. 

A Irlanda tem baixo custo de vida e tem como vantagem estar ao lado de outros países da Europa.