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Comportamento
10/05/2015 - 16h13
A evolução do bullying
 
 
Do pátio da escola ao smartphone

O fenômeno do bullying escolar não é nada novo – muitos adultos devem se lembrar de terem sofrido episódios na infância. Ainda que o bullying ‘tradicional’ possa estar relacionado com um abuso físico e verbal no pátio durante o recreio, nossa crescente dependência da internet e de dispositivos conectados fazem com que o bullying não se restrinja ao período da aula. Hoje em dia, ele não termina quando as crianças saem da escola, pois continua no mundo online em forma de ciberbullying. Cerca de 17% dos alunos são vítimas.

Uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab (kaspersky.com) em conjunto com psicólogos especializados em meios de comunicação da Universidade de Wuerzburg, na Alemanha, mostra que um a cada cinco adolescentes entre 12 e 15 anos sofreram ciberbullying. Esta é uma etapa de desenvolvimento fundamental na vida de um adolescente, já que as crianças, ao se aproximarem da puberdade, começam a passar mais tempo online, principalmente por conta do uso das redes sociais – tais como Facebook, Instagram e Twitter.

Assim como é necessário ensinar às crianças algumas técnicas de segurança, é importante também ensiná-las o uso responsável da tecnologia. “As crianças devem desenvolver um senso moral ao se comunicarem com outras pessoas online, assim como fazem quando se comunicam ao vivo. Isto os encorajará a ter empatia pelos outros e reduzirá a probabilidade de participarem de ciberdelitos ou ciberbullying. É igualmente importante que entendam, desde pequenos, os potenciais perigos relacionados a algumas atividades online”, explica David Emm, Pesquisador de Segurança na Kaspersky Lab.

Mesmo que o cyberbullying não implique violência física, evidências mostram que o ciberbullying é ainda mais intenso que o bullying escolar ‘tradicional’ pelos motivos listados a seguir:

• É anônimo. Como o internauta pode não se identificar, é mais difícil detectar os agressores e provar quem é realmente culpado. Isto também significa que os agressores estão menos conectados emocionalmente com os danos que causam e, por isto, acabam indo mais longe.

• É difícil fugir. Hoje em dia, a maioria das pessoas tem acesso à internet e toda a informação humilhante que se armazena online, teoricamente, se mantém disponível a todos, para sempre.

• Sempre online. É mais difícil escapar do ciberbullying porque é possível entrar em contato com as vítimas por meio de computadores ou smartphones a qualquer momento e em qualquer lugar.

• É mais invasivo que a interação cara a cara. Os agressores e as vítimas não podem ver um ao outro. Por conseguinte, não podem ver as expressões faciais dos interlocutores, gestos ou movimentos. Os agressores ficam mais desconectados emocionalmente do dano que causam e, como resultado, se preocupam menos com as opiniões e sentimentos alheios.

A dificuldade se agrava porque, apesar de duas a cada três crianças considerarem o ciberbullying um verdadeiro problema, poucas delas informam a um adulto de confiança quando estão sendo vítimas do assédio. A psicóloga Dra. Astrid Carolus, especializada em meios de comunicação da Universidade de Wuerzburg, relata: “O diálogo é muito importante para as crianças que são vítimas. Se o seu filho se encontra nesta situação, mostre que ele não está sozinho, que há mais crianças passando pelo mesmo. Existe, inclusive, uma grande quantidade de celebridades que sofreram bullying e falam abertamente sobre suas experiências”.

O bullying não é algo novo, mas a tecnologia facilita que os agressores ataquem os mais vulneráveis. O uso generalizado das redes sociais levou nossas vidas ao ciberespaço e pôs mais lenha na fogueira. Quanto mais conhecimento tivermos sobre bullying, suas causas e táticas usadas hoje em dia, mais capazes seremos de frear os agressores com programas informativos e eficazes.

Fonte de dados: Alemanha, Bündnis gegen Cybermobbing e.V. (2013); www.bündnis-gegen-cybermobbing.de

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