Procurada pela Polícia Federal (PF) em seus endereços oficiais desde anteontem (15), a cunhada do tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto, Marice Correia de Lima, é tida como foragida da Justiça. Segundo a PF, embora não haja previsão legal sobre os critérios para alguém procurado passar a ser oficialmente considerado foragido, nem sobre os efeitos dessa condição, na prática, uma pessoa é tida como foragida 24 horas após a primeira tentativa de execução do mandado de prisão, preventiva ou temporária. Além disso, com a inclusão de seu nome no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos, são redobrados os cuidados para impedir que, eventualmente, a pessoa deixe o país. Marice é uma das pessoas investigadas na Operação Lava Jato, que apura denúncias de desvio de dinheiro na Petrobras. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da operação, expediu mandato de prisão temporária contra ela, mas os policiais federais que participaram da décima segunda etapa da Lava Jato não a localizaram. Além de expedir o mandado de prisão temporária contra Marice, o juiz autorizou a prisão de Vaccari. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o tesoureiro afastado do PT foi detido em sua casa, em São Paulo. Delatores disseram na Justiça que Vaccari intermediou doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras e que o dinheiro foi usado para financiar campanhas políticas. Horas após ser detido, Vaccari pediu afastamento do cargo de tesoureiro do PT, e a solicitação foi aceita pelo partido.
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