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Para o psicólogo e escritor Alexandre Bez, especialista em relacionamentos, a grande sacada das novelas da atualidade são as questões que envolvem as psicodinâmicas das ações do cotidiano, que representam a realidade como ela realmente é. Na trama Babilônia encontramos o personagem Guto (Bruno Gissoni), um típico irresponsável que não gosta de tarefas normais como trabalho e estudo. “Sua personalidade é falha e permeada pela irresponsabilidade, essa que foi proporcionada no processo desde sua criação. Ele provavelmente não foi vedado de seus desejos e noções de limites, não sabendo ouvir um não na atualidade porque na infância não foi acostumado com a imposição de limites”, afirma Bez. Podemos perceber assim que o grande culpado nem seja ele mesmo, mas talvez outra pessoa – neste caso seu pai Evandro (Cassio Gabus Mendes) – que não lhe impôs os limites necessários fazendo dele o homem que deveria ser. A importância de separar a criação da educação se faz necessária não só nesse caso, mas em todos. Educação ele tem, o que realmente ele não teve foi uma criação adequada. Entendendo de que se para viver em sociedade tem regras e normas a serem seguidas, não somos os donos do mundo, mas sim seres pensantes, racionais e lógicos. O capítulo com a lancha só evidenciou a execrável personalidade de Guto, sob influência alcoólica ele atropelou no mar o garoto correndo com a embarcação numa área de velocidade reservada, além de se exibir aos amigos durante o passeio. “Pessoas sem caráter como a do personagem são acobertados pela impunidade. No caso de Guto teria que haver um processo de ressocialização. Entender o que é ser um ser humano e dar valor a praticamente tudo e todos. Além de pagar seus erros propositais, deixando assim de ser inconsequente”, finaliza o psicólogo.
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